Marina Colasanti

Contos de fadas reinventados, mulheres poderosas como protagonistas e belas ilustrações compõem a obra de Marina Colasanti.

Marina Colasanti é um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea. Com uma vasta produção em diferentes gêneros, a escritora destacou-se no cenário infantojuvenil com livros que tratam de temas universais de forma poética, agradando a todos os públicos. Conheça sua vida e obra!

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Índice do conteúdo:

Biografia

(Fonte: Wikimedia)

Marina Colasanti é uma escritora, tradutora, jornalista e artista plástica ítalo-brasileira. Ela nasceu em 1937 em uma colônia italiana na cidade de Asmara, região Nordeste do continente africano. Viveu sua infância na Líbia e na Itália, mas, após a Segunda Guerra Mundial, emigrou com sua família para o Brasil, passando a morar no Rio de Janeiro em 1948. Estudou artes plásticas e foi professora de desenho na Escola Nacional de Belas Artes.

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Colasanti trabalhou por 11 anos no Jornal do Brasil como repórter, editora, colunista e cronista. Depois, atuou por 18 anos na Editora Abril, enquanto também publicou vários livros. Ela escreveu mais de 70 obras para crianças e adultos, algumas das quais também ilustrou, além de ter traduzido importantes textos da literatura universal. A autora ainda trabalhou com publicidade e diversos programas televisivos.

Principais obras

Marina Colasanti escreveu livro de contos, poesia, crônica, literatura infantil e infantojuvenil. Conheça um pouco do trabalho da autora a seguir!

Agradeço
Agradeço cada poema
cada prato posto à mesa
cada ponto de costura ou
vírgula de escrita,
agradeço
cada gesto que me traz sorriso
e que se expande
por tudo dou graças,
sem saber a quem.

O Gato
No alto do muro
pulando no escuro
miando no mato
entrando em apuro
é o gato, seguro.

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De antigo passado
e jeito futuro
movimento puro
ar sofisticado
é o gato, de fato.

Só pode ser gato
esse bicho exato
acrobata nato
que só cai de quatro.

Abaixo, separamos 10 títulos da grandiosa obra de Marina Colasanti para você se aprofundar na leitura. Confira:

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  • Eu sozinha (1968)
  • Uma ideia toda azul (1979)
  • Contos de amor rasgados (1986)
  • Cada bicho seu capricho (1992)
  • O leopardo é um animal delicado (1998)
  • A moça tecelã (2004)
  • Classificados e nem tanto (2010)
  • Breve história de um pequeno amor (2013)
  • Mais de 100 histórias maravilhosas (2015)
  • O país de João (2016)

A literatura de Marina Colasanti aborda temas universais e complexos, indo da fantasia à vida cotidiana com uma linguagem poética e acessível.

7 curiosidades sobre Marina Colasanti

Marina Colasanti é uma multiartista que já produziu diversos conteúdos dentro e fora do universo literário. Veja algumas curiosidades sobre a sua vida:

  • Marina não queria ser escritora, mas sim artista plástica.
  • Nasceu em uma família de artistas: sua tia-avó foi cantora lírica e seu avô, escritor e crítico de arte. Já o pai e o irmão de Marina foram atores.
  • É uma das escritoras mais premiadas da literatura brasileira: ganhou por 13 vezes o Prêmio FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) e por 8 vezes, o Prêmio Jabuti, além de acumular outros prêmios, como o Oceanos e o Ibero-americano SM de Literatura Infantil.
  • Gosta de escrever sobre a morte, porque é um tema pouco tratado na literatura. Segundo ela, as pessoas não gostam de falar sobre isso.
  • Já trabalhou na TV como entrevistadora, apresentadora, editora e redatora em noticiários, programas culturais e de entretenimento.
  • Gosta de escrever à mão. Para a autora, a velocidade menor da mão estimula melhor a velocidade do pensamento.
  • É casada com o escritor brasileiro Affonso Romano de Sant’Anna.

Conforme você viu, Marina Colasanti atuou em diversas áreas em seus mais de 60 anos de carreira. Atualmente, a autora continua escrevendo e ilustrando livros literários.

Vídeos sobre uma multiartista

Para ampliar o seu conhecimento a respeito de Marina Colasanti, selecionamos três vídeos sobre a vida e a produção literária dessa autora brasileira. Assista!

O trabalho de Marina Colasanti

Nessa entrevista para a editora Saraiva, a escritora fala sobre as suas relações com a escrita, com os gêneros literários e com as artes plásticas. Além disso, ela conta um pouco sobre o processo de criação do livro “Classificados e nem tanto”.

Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento

Aqui, Sandra Medrano comenta a obra “Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento”, uma versão contemporânea dos contos clássicos com o protagonismo de mulheres que enfrentam desafios e escolhem os seus caminhos. Confira!

As ilustrações de Mais de 100 histórias maravilhosas

Nesse vídeo da editora Global, Marina Colasanti conta como começou a ilustrar livros e apresenta o processo que utilizou com o nanquim na obra “Mais de 100 histórias maravilhosas”. Acompanhe!

Para continuar aprendendo, conheça outra escritora brasileira contemporânea em nossa matéria sobre Conceição Evaristo!

Referências

As muitas Marinas de Marina Colasanti (2017) – Jornal O Cândido, Marisa Lajolo
Marina Colasanti (2021) – Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras

Érica Paiva Rosa
Por Érica Paiva Rosa

Professora, redatora e produtora cultural. Mestre em Letras pela UEM.

Como referenciar este conteúdo

Paiva Rosa, Érica. Marina Colasanti. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/literatura/marina-colasanti. Acesso em: 26 de April de 2024.

Exercícios resolvidos

1. [UFRJ]

Em relação à figura do marido no texto 1, pode-se afirmar que:

A) sua ambição e autoridade não foram fatores que, de fato, decepcionaram a tecelã.
B) seus caprichos provocaram uma mudança total na vida da tecelã.
C) foi desconstruído da mesma forma como foi criado: com um fio.
D) seu comportamento, embora negativo, não interferia diretamente no relacionamento da tecelã com a natureza.
E) sua imagem e atitude foram destecidas pelo tear.

Resposta: B

Justificativa: as vontades do marido mudaram completamente a vida da tecelã e seus sentimentos.

2. [UFRJ]

O trabalho de tecer com a natureza mostra que a tecelã:

A) bordava as figuras da natureza num tapete.
B) contemplava a natureza enquanto tecia.
C) tecia a própria natureza.
D) bordava suas peças com auxílio dos elementos naturais.
E) tecia seu mundo pessoal em meio à natureza.

Resposta: C

Justificativa: ao tecer com a natureza, a personagem tecia a própria natureza – por exemplo, chamando a chuva, o sol e a noite quando era preciso.

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