Dom Pedro II

Dom Pedro II foi o segundo imperador do Brasil, assumindo o trono com apenas 15 anos, após o período regencial brasileiro.

Dom Pedro II, nascido em 2 de dezembro de 1825 no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, era filho de Dom Pedro I, o primeiro Imperador do Brasil, com sua esposa, a Imperatriz D. Maria Leopoldina. Seu nome completo era Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador, Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Bourbon. Quando ele tinha um ano de idade, sua mãe veio a falecer, e seu pai quando tinha apenas 9 anos. Com isso, sua infância, apesar de sua educação exemplar, foi um pouco mais difícil.

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Imagem: Reprodução

No ano de 1831, Dom Pedro I, pai de Dom Pedro II, abdicou do trono brasileiro, retornando a Portugal para que pudesse garantir para sua filha mais velha, Dona Maria II, o trono português. Dom Pedro II permaneceu no Brasil e, com apenas 5 anos de idade, foi nomeado o Príncipe Regente do Brasil. Ficou, inicialmente, sob a tutela de José Bonifácio de Andrade e Silva, passando, em seguida, para o marquês de Itanhaém, o Manuel Inácio de Andrade Souto Maior. Apesar de ser o sétimo filho do casal, Dom Pedro II acabou tornando-se herdeiro em decorrência do falecimento de seus dois irmãos mais velhos.

Durante 59 anos de sua vida, Dom Pedro II governou o Brasil, entre os anos de 23 de julho de 1840 e 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a República. O período em que governou, ficou conhecido como o Segundo Reinado. Havia, entretanto, uma irregularidade em seu governo, que se deu com apenas 15 anos. A Constituição que havia sido implementada por Dom Pedro I determinava que a maioridade de um Imperador somente seria exercida aos 21 anos, tendo que ser emitida, portanto, uma Declaração de Maior Idade, permitindo que, então, fosse imperador e governasse o Brasil. Antes disso, entretanto, durante o período regencial, entre seus 5 e 10 anos de idade, o país foi governado por regências.

Foi, então, nomeado o Segundo Imperador do Brasil, assumindo o trono com apenas 15 anos de idade no ano de 1840 e, três anos depois, casou-se com Teresa Cristina Maria de Bourbon, princesa e filha de Francisco I, do Reino das Duas Sicílias e da infanta Maria Isabel, da Espanha. Tiveram 4 filhos, mas somente as duas meninas chegaram a idade adulta, Isabel e Leopoldina.

No ano de 1886, Dom Pedro II realizou uma viagem à Europa objetivando cuidar de sua saúde, e deixou a Princesa Isabel, sua filha, cuidando de seu lugar. Foi ela a responsável por assinar as leis abolicionistas conhecidas e estudadas até os dias de hoje, a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea. Dom Pedro II faleceu aos 66 anos, em 5 de dezembro de 1891, vitimado pela pneumonia em Paris, na França.

Referências

História do Brasil – Claudio Vicentino

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Dom Pedro II. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/dom-pedro-ii. Acesso em: 05 de May de 2024.

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01. [UFMT] Durante o Segundo Reinado, com a consolidação de um projeto político nacional, após os conturbados anos da década de 30 do século XIX, o Brasil ampliou sua projeção externa e esteve envolvido em várias questões importantes no plano internacional, principalmente na região da Bacia do Prata. Sobre a política externa do Segundo Reinado para essa região, é correto afirmar:

a) Foi negociado o fim da Guerra da Cisplatina.

b) O Brasil subjugou a Argentina na guerra contra o Aguirre.

c) Foi celebrada uma aliança com o Paraguai para conter a expansão uruguaia.

d) O Brasil promoveu paz na região.

e) Foi criada a Tríplice Aliança contra o Paraguai.

 

02. [UFPA] “A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (…) este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (…) Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Império.” Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988. O fragmento acima se refere ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como:

a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.

b) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos – refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.

c) cenário de várias revoltas de caráter regionalista – entre elas a Farroupilha e a Cabanagem – devido à incapacidade do governo imperial de controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.

d) universo de plena difusão das ideias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a proclamação da República.

e) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador – daí a ideia de centralização da citação – e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.

01. [E]

02. [B]

 

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