Texto expositivo

Chamamos de textos expositivos aqueles que são usados para expor informações a respeito de um determinado fato ou objeto.

Os textos expositivos são aqueles que expõe informações sobre um determinado objeto ou ainda um fato determinado. Trata-se de um texto usado para apresentar informações, como descrição, assim como características, permitindo que o leitor identifique de forma bastante clara qual é o tema central do texto. Esse tipo de texto apresenta muitas informações, principalmente em se tratando de um produto novo que está sendo exposto, por exemplo.

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Quando os textos expositivos são usados para referir-se aos assuntos mais polêmicos, é preciso apresentar uma sequência argumentativa, permitindo que o leitor fique informado por parte do autor, sobre as possibilidades de análise a respeito de determinado assunto. É importante, ainda, que o texto expositivo seja bastante claro, de forma que possa ser lido e compreendido por diversos níveis de conhecimento dentre as pessoas.

Recursos do texto expositivo

Alguns dos recursos que podem ser usados pelo texto expositivo são a instrução, quando houverem instruções a serem seguidas, como em um manual, por exemplo; informação, quando apresenta informações sobre um determinado assunto que está sendo exibido ou discutido; descrição, quando apresenta informações a respeito das características daquilo a que o texto se refere; enumeração, quando está relacionado ainda à identificação e apresentação em sequência de algumas informações em torno do que está sendo tratado; comparação, para que o autor se faça entender garantidamente; e contraste, quando o autor analisa uma determinada questão e pretende mostrar que pode ser observada por mais de um ângulo, ainda que estes ângulos sejam contrários.

Classificação dos textos expositivos

Os textos expositivos podem ser classificados em dois tipos, de acordo com o objetivo central do texto. Confira:

Texto Expositivo-argumentativo

Quando se trata do texto expositivo-argumentativo, além de referir-se à apresentação do tema, o emissor ainda mantém seu foco em argumentos que são necessários para a explanação das ideias, recorrendo à autores e teorias para conceituar, comparar e ainda para defender a opinião exposta.

Texto Expositivo-informativo

Esse segundo tipo, refere-se à transmissão das informações a respeito de um determinado tema sem que haja grandes apreciações, abordando, dessa forma, o tema com o máximo de neutralidade. Como exemplo deste caso, podemos citar como exemplo uma apresentação sobre os índices de violência no país, apresentando informações sobre o problema por meio de gráficos e dados sobre o tema, sem que haja defesa de opinião.

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Referências

Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Texto expositivo. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/portugues/texto-expositivo. Acesso em: 08 de May de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [Universidade Estácio de Sá – RJ] Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que indica a correspondência correta.

  1. Narrar
  2. Argumentar
  3. Expor
  4. Descrever
  5. Prescrever

(    ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de verbos no modo imperativo.

(    ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.

(    ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto.

(    ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.

(    ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão.

a) 3, 5, 1, 2, 4

b) 5, 3, 1, 4, 2

c) 4, 2, 3, 1, 5

d) 5, 3, 4, 1, 2

e) 2, 3, 1, 4, 5

 

02. [FUNCAB] Internet e a importância da imprensa

Este artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados da internet: o empowerment (“empoderamento”, fortalecimento) do cidadão proporcionado pela grande rede.

É a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de expressão, escrevendo o que quiserem na internet. De forma instantânea, o que cada um publica está virtualmente acessível aos cinco continentes. Tal fato, inimaginável décadas atrás, vem modificando as relações sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da mobilização virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, etc. Há um novo cenário democrático mais aberto, mais participativo, mais livre.

E o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexão com outras pessoas tem provocado um novo fenômeno social. Com a internet, não é mais necessário conviver (e conversar) com pessoas que pensam de forma diferente. Com enorme facilidade, posso encontrar indivíduos “iguais” a mim, por mais minoritária que seja a minha posição.

O risco está em que é muito fácil aderir ao seu clube” e, por comodidade, quase sem perceber, ir se encerrando nele. Não é infrequente que dentro dos guetos, físicos ou virtuais, ocorra um processo que desemboca no fanatismo e no extremismo.

Em razão da ausência de diálogo entre posições diversas, o ativismo na internet nem sempre tem enriquecido o debate público. O empowerment digital é frequentemente utilizado apenas como um instrumento de pressão, o que é legítimo democraticamente, mas, não raras vezes, cruza a linha, para se configurar como intimidação, o que já não é tão legítimo assim…

A internet, como espaço de liberdade, não garante por si só a criação de consensos nem o estabelecimento de uma base comum para o debate.

Evidencia-se, aqui, um ponto importante. A internet não substitui a imprensa. Pelo contrário, esse fenômeno dos novos guetos põe em destaque o papel da imprensa no jogo democrático. Ao selecionar o que se publica, ela acaba sendo um importante moderador do debate público. Aquilo que muitos poderiam ver como uma limitação é o que torna possível o diálogo, ao criar um espaço de discussão num contexto de civilidade democrática, no qual o outro lado também é ouvido.

A racionalidade não dialogada é estreita, já que todos nós temos muitos condicionantes, que configuram o nosso modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos, temos sempre um determinado viés. Numa época de incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um dos grandes diferenciais de um jornal em relação ao que simplesmente é publicado na rede.

Imprensa e internet não são mundos paralelos: comunicam-se mutuamente, o que é benéfico a todos. No entanto, seria um empobrecimento democrático para um país se a primeira página de um jornal fosse simplesmente o reflexo da audiência virtual da noite anterior. Nunca foi tão necessária uma ponderação serena e coletiva do que será manchete no dia seguinte.

O perigo da internet não está propriamente nela. O risco é considerarmos que, pelo seu sucesso, todos os outros âmbitos devam seguir a sua mesma lógica, predominantemente quantitativa. O mundo contemporâneo, cada vez mais intensamente marcado pelo virtual, necessita também de outros olhares, de outras cores. A internet, mesmo sendo plural, não tem por que se tornar um monopólio.

(CAVALCANTI, N. da Rocha. Jornal “O Estado de S. Paulo”, 12/05/14, com adaptações.)

Pelas características da organização do discurso, a respeito do texto pode-se afirmar que se trata de uma:

a) dissertação de caráter expositivo, pois explica, reflete e avalia ideias de modo objetivo, com intenção de informar ou esclarecer.

b) narração, por reportar-se a fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens, numa relação temporal de anterioridade e posterioridade.

c) dissertação de caráter argumentativo, pois faz a defesa de uma tese com base em argumentos, numa progressão lógica de ideias, com o objetivo de persuasão.

d) descrição, por retratar uma realidade do mundo objetivo a partir de caracterizações, pelo uso expressivo de adjetivos.

e) expressão injuntiva, por indicar como realizar uma ação, utilizando linguagem simples e objetiva, com verbos no modo imperativo.

01. [B]

02. [C]

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