Prólogo

O Prólogo é um termo literário utilizado para situar o leitor sobre os futuros direcionamentos de uma obra.

O prólogo é proveniente do grego, como em prólogos, e do latim, prologos, que significa antes. O termo era comumente utilizado em tragédias gregas, a fim de esoecificar o que acontecia antes das apresentações iniciarem.

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Sendo assim, o prólogo era o início que antecedia a orquestra e o coral. O significado, basicamente, cerne como “escritos preliminares”. Sua função é de apresentar os nortes ao leitor dentro da obra.

Dessa forma, servirá para esclarecer pontos, advertir momentos prévios e ater a plateia a determinados detalhes importantes da tragédia.

É, para tanto, a introdução prévia de uma obra, sendo a primeira parte do livro, a qual antecede os demais parágrafos. Atualmente, ganhou sinônimos, como proêmio, prelúdio, preâmbulo ou, o mais comum, prefácio.

Julio Cortázar, principal tradutor da obra de Edgar Allan Poe, assumiu a tarefa de trazê-los à língua espanhola. No entanto, também teve o cuidado de escrever o prefácio (prólogo) do volume Edgar Allan Poe: contos completos.

prólogo
(Imagem: Reprodução)

As características do prólogo inserido nas obras

O prólogo, portanto, é o relato prévio de uma obra, assumindo diferentes características possíveis. Este, por exemplo, pode ser escrito pelo próprio autor ou por alguém convidado por ele.

Por ser uma prévia explicativa, deverá vir antes do primeiro capítulo. É por isso que tem-se o prólogo como o antônimo do epílogo, que é a última parte do livro vindo após o capítulo final.

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Inúmeras obras não apresentam epílogo ou prólogo. Entretanto é uma parte fundamental dos livros, sendo, por vezes, até imprescindível para o entendimento da história.

Ele permite orientação ao leitor, compreensão do que intenciona o escritor e tudo aquilo que se ramificará para formular a história.

Além disso, o prólogo serve como forma de “justificar” ao leitor o porquê daquele tema para aquela história e também como a desenvolveu.

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O prólogo escrito por terceiros

Quando um prólogo não é escrito pelo próprio autor, o leitor acaba por ser inserido na história. Isso porque o autor do prólogo é igualmente um leitor que apresenta o que ele leu, quem ele leu e as características daquilo que leu.

Realiza, dessa forma, uma análise crítica embasada. A escolha da pessoa para a elaboração do prólogo se dá após finalização da mesma, e deve, sobretudo, ser escolhido pelo autor.

Histórico do uso do prólogo

O prólogo teve seu uso iniciado em textos de dramaturgos dos séculos XVII e XVIII. Antes da peça iniciar, um ator narrava em formato de verso um texto em direção ao público – tal como um monólogo.

Era uma dose de interpretação, sarcasmo e improviso, contendo comentários críticos e até satíricos sobre a obra que viria a ser apresentada. As intervenções do próprio ator do prólogo revelavam uma proximidade entre obra e público; como características sócio-ideológicas, por exemplo.

A função de apresentação da peça culminou na inserção do prólogo igualmente na literatura. Nas obras literárias, ele serviria como forma de precedente à história principal.

Referências

Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Prólogo. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/literatura/prologo. Acesso em: 23 de April de 2024.

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