Sabinada

Ocorrido na Bahia, entre novembro de 1837 e março de 1838, a Sabinada foi um levante armado, cujo principal foco de atuação se deu em Salvador. O movimento foi liderado por Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, médico, jornalista, republicano, e revolucionário federalista que deu nome ao movimento.

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Causas e características da Sabinada

Havia durante aquele período uma grande insatisfação relacionada à falta de autonomia não só política, mas também administrativa da província. Os revoltosos acreditavam que o governo regencial era ilegítimo e, além disso, discordavam dos impostos aplicados aos baianos em função da Guerra dos Farrapos.

Trata-se de uma, dentre tantas, das rebeliões que ocorreram junto ao período regencial, tendo como “parceiras” a Balaiada, que ocorreu no Maranhão, a Cabanagem, que ocorreu no Pará, e a Farroupilha, que ocorreu no Rio Grande do Sul. A diferença entre elas, entretanto, é que a sabinada não apresentava intenções separatistas, mas sim de construir uma República Bahiense até que Dom Pedro II alcançasse a maioridade. Pode-se dizer, portanto, que a insatisfação se devia, estritamente, ao comportamento do governo regencial.

Importante frisar, ainda, que o movimento da sabinada não tinha intenções de romper com a escravidão, objetivando, dessa forma, conseguir o apoio das elites escravocratas. Isso, entretanto, não rendeu frutos, uma vez que não conseguiram o apoio e acabaram afastando a população escrava.

Somente as camadas médias urbanas, dentre eles os oficiais militares, profissionais liberais, comerciantes, artesãos e uma pequena parcela das camadas mais pobres acabaram aderindo ao movimento.

A Revolta da Sabinada

Liderados por Francisco Sabino, no dia 7 de novembro de 1837, um grupo de revoltosos se sublevou, conquistando a simpatia das tropas do forte de São Pedro, conquistando a cidade. A primeira força legalista enviada para acabar com a revolta, inclusive, acabou se juntando a eles, tornando o movimento mais forte.

Os desfechos

Sabino, então, foi nomeado Secretário de Governo da “República Bahiana”, e nomeia dois líderes para o seu governo, a saber: Daniel Gomes de Freitas, nomeado Ministro da Guerra, e Manoel Pedro de Freitas Guimarães, nomeado Ministro da Marinha.

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Durante os quatro meses que durou a sabinada, os revoltosos conquistaram alguns quartéis ao redor de Salvador, enquanto as forças legalistas, no Recôncavo Baiano, se uniam para realizar um ataque. A ofensiva regencial, então, se dá no dia 16 de março de 1838, quando realizam bloqueios terrestres e marítimos da cidade.

As milícias locais e o exército ajudaram as forças governamentais a retomar a cidade, sendo a revolta reprimida com aproximadamente 3 mil prisões e 2 mil mortes. A condenação para os principais líderes do movimento foi a pena de morte, ou ainda a prisão perpétua.

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Referências