Regime Totalitário na Europa

O Regime Totalitário na Europa ocorreu em variados momentos da história.

O Regime Totalitário na Europa ocorreu em diferentes países, diferentes momentos, sob específicos contextos. O totalitarismo é um regime baseado em um Estado centralizador, impositivo, autoritário e antidemocrático.

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Os regimes totalitários tomaram a Europa após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O objetivo era uma “vida nova”, após a população perder a esperança nos governos vigentes.

A crise do capitalismo e do liberalismo, que se espalhavam como conceito à época, era o que regimes totalitários esperavam para ascender.

regime totalitário na europa
(Imagem: Reprodução)

Características do Regime Totalitário na Europa

O Regime Totalitário na Europa foi uma resposta conservadora à democracia liberal da época. Em ascendência, o liberalismo político-econômico passou a ser visto com outros olhos pela sociedade.

As perdas na Primeira Guerra Mundial incentivaram uma nova forma de política. Uma visão mais dura, de governos mais fortes, que demonstrariam eficiência na reconstrução das nações.

Assim, entre outras, as principais características de um regime totalitário eram:

  • Centralização do Governo sem partidos de oposição;
  • Nacionalismo sectário;
  • Política anti-liberal;
  • Organizações militares junto ao poder;
  • Jovens em iniciação militar desde cedo;
  • Culto ao líder e ao partido;
  • Necessidade de se sobrepor a outras nações por meio do expansionismo;

Os cidadãos seguiriam a ideologia de seu chefe maior, que teria como objetivo restaurar a política do país.

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Os ideais do totalitarismo foram muito utilizados pela direita política. No entanto, Josef Stalin, na antiga União Soviética, utilizou de preceitos de Lênin (o comunismo) para implantar seu regime.

Os principais regimes notados

Dentre os principais regimes totalitários na Europa, é possível destacar:

Stalinismo na URSS

A morte de Lênin, após a Revolução Russa de 1917, alçou Josef Stalin ao poder totalitário na União Soviética.

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O líder soviético galgou passos, eliminou adversários e alcançou o alto posto da URSS. O regime totalitário de esquerda durou mais de 25 anos (entre 1927 e 1953).

Acabando com a liberdade civil, Stalin transformou o país, antes agrário, numa potência industrial. Isso, entretanto, teve um custo, sobretudo com coletivizações e trabalhos forçados no Gulag (prisão para criminosos políticos).

Fascismo na Itália

O fascismo na Itália foi comandado por Benito Mussolini, no ano de 1919, a partir da fundação do Partido Nacional Fascista.

De caráter antidemocrático e anticomunista, a ideologia fascista sobe o poder após A Marcha sobre Roma, de 1922.

Salazarismo em Portugal

O regime de Antônio de Oliveira Salazar, em Portugal, se estabeleceu em 1933, denominando-se Estado Novo. A partir da Nova Constituição, ideias fascistas foram vigoradas à política da nação.

O lema “Deus, Pátria e Família” foi uma das condutoras do populismo para com a sociedade. Foi uma das ditaduras mais longas enfrentadas no século XX. Eleições fraudulentas perpetuavam Salazar no poder.

Franquismo na Espanha

Liderado por Francisco Franco, um general ditador sanguinário, o regime fascista atingiu também a Espanha. Atingindo o governo de Manuel Azaña Díaz, que fora deposto durante a Guerra Civil Espanhola.

Após 1939, Franco institui uma política antidemocrática, antiliberal e antisocialista. Privilegiando a religião católica, o Estado deixava de ser laico e passava a coordenar ideologia religiosa a toda a sociedade.

Nazismo na Alemanha

O mais conhecido regime totalitário na Europa. O Nazismo foi uma política coordenada pelo austríaco líder dos alemães, Adolf Hitler, O terceiro reich implantou uma ideologia totalitária, antidemocrática e anticomunista.

A fim de manter autonomia da “raça ariana”, os nazistas promoveram políticas antissemitas. A ideia era a perseguição e o assassinato a judeus, como ideia de purificação de uma Nova Alemanha.

Além dos judeus, negros, intelectuais de esquerda, comunistas e religiosos não-católicos foram igualmente mortos.

Referências

AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Regime Totalitário na Europa. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/regime-totalitario-na-europa. Acesso em: 25 de April de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [Mackenzie] “[…] todo cruzamento de dois seres de valor desigual dá como produto um meio termo entre os valores dos pais […] Tal ajuntamento está em contradição com a vontade da natureza, que tende a elevar o nível dos seres. Este objetivo não pode ser atingido pela união de indivíduos de valores diferentes, mas só pela vitória completa e definitiva dos que representam o mais alto valor. O papel do mais forte é o de dominar e não o de se fundir com o mais fraco, sacrificando assim sua própria grandeza.” (Adolf Hitler).

No livro “Mein Kampf”, Hitler expressava que:

a) a necessidade de preservação da raça pura justificava o domínio e a eliminação das demais raças e a expansão da Alemanha.

b) o racismo e o autoritarismo serviriam para defender a elevação da raça pura eslava e o extermínio dos judeus.

c) o movimento nacional-socialista desaprovava o antissemitismo e o aperfeiçoamento genético por meio da eugenia.

d) os alemães eram superiores e a raça ariana inferior, justificando, desse modo, o espaço vital.

e) o mito da superioridade da raça ariana servia para que os nazistas estimulassem o internacionalismo e o liberalismo.

 

02. [PUC] Ao contrário do historiador contemporâneo ao fascismo – como Franz Neumann, Theodor Adorno ou Ângelo Tasca –, nós sabemos, através de Auschwitz, o que é o fascismo ou, ao menos, sabemos qual é a sua prática, ao contrário, ainda, dos historiadores que escreveram no imediato pós-guerra, como Trevor-Hopper, G. Barraclough ou Eric Hobsbawm (até algum tempo), não podemos tratar o fascismo como um movimento morto, pertencente à história e sem qualquer papel político contemporâneo. Encontramo-nos, desta forma, numa situação insólita: sabemos qual a prática e as consequências do fascismo e sabemos, ainda, que não é um fenômeno puramente histórico, aprisionado no passado. Assim, torna-se impossível escrever sobre o fascismo histórico – o que é apenas uma distinção didática – sem ter em mente o neofascismo e suas possibilidades.

(Daniel Aarão Reis Filho, O Século XX, p. 111-112.)

Assinale a opção que sintetiza CORRETAMENTE a ideia contida no trecho acima.

a) O Fascismo é um fenômeno definido conceitualmente, cuja prática é identificada pelos historiadores que coexistiram com ele historicamente.

b) O Fascismo não é um fenômeno histórico ligado ao passado, ele se insere na política contemporânea atual sob outras formas de atuação.

c) O Fascismo não pode ser tratado sem qualquer relação com a política contemporânea, já que hoje sabemos sua prática e suas consequências.

d) O Fascismo, conforme os historiadores, é um fenômeno que não pode ser escrito, já que se circunscreve na história contemporânea como passado e presente.

01. [A]

02. [B]

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