Período pré-colonial

O período pré-colonial teve importância intensa no desenvolvimento das atividades de exploração e de povoamento do Brasil.

O período pré-colonial foi marcado pela tomada de posse dos portugueses sob os territórios coloniais brasileiros, e pela ocupação que se deu de forma bastante lenta e gradual. O Brasil ficou em segundo plano nos projetos econômicos de Portugal na época, já que havia uma urgência da obtenção de lucro por meio da exploração mercantilista. Portugal, neste período, preocupava-se mais em consolidar pontos comerciais na Ásia e na África. Além disso, a exploração imediata do território se deu em decorrência da ausência de metais preciosos ou outros produtos de interesse no mercado europeu.

Imagem: Reprodução
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O Brasil, portanto, recebeu grandes investimentos para que fossem desenvolvidas as atividades exploratórias, mas a investigação se dava somente com relação aos territórios, pois, além disso, havia um pequeno contingente populacional. No ano de 1501, o grupo que foi liderado por Gaspar de Lemos nomeou regiões do Rio de Janeiro e da Bahia, confirmando a presença do pau-brasil.

Passados dois anos, Gonçalo Coelho, explorador, criou feitorias no litoral fluminense que seriam usadas para o armazenamento das toras de pau-brasil, que seriam, posteriormente, transportadas para a Europa. Nessas feitorias, havia uma imagem de um feitor responsável que assegurava os domínios da coroa. Portugal possuía o monopólio sobre a exploração de pau-brasil, e somente uma pequena parcela dos exploradores possuía a concessão da Coroa para a exploração.

A mão de obra usada para o trabalho era dos indígenas, que trocavam seu trabalho para a extração do pau-brasil por pequenas armas e mercadorias. A relação, em princípio, era amigável e próxima, mas ao começarem a adentrar mais no território, encontraram outras populações nativas que estavam lutando contra a invasão promovida pelos europeus. Depois de três décadas, o interesse dos navegadores de outros países começou a ameaçar os domínios de Portugal. Foram incumbidas pelo Rei Dom João III a ordenação de envio de expedições punitivas incumbidas da missão de expulsar essas embarcações, além dos contrabandistas estrangeiros.

Ainda neste período, houve crise no comércio com os povos do Oriente, e isso acabou proporcionando uma intensa contribuição para a ocupação efetiva das terras brasileiras. O governo de Portugal, inclusive, destinou recursos para que fossem desenvolvidas atividades que pudessem, além de ocupar a colônia, gerassem lucros. No ano de 1530, Martim Afonso chegou ao Brasil para que se iniciassem as atividades de exploração. Essa expedição objetivava, além de percorrer o litoral e interior para encontrar metais preciosos, formar novos núcleos de povoamento e realizar a expulsão das expedições estrangeiras. Foram formados dois grupos, e dois anos depois, foi criada a vila de São Vicente, que deu origem, posteriormente à cidade de São Paulo.

Referências

História Global – Brasil e Geral – Gilberto Cotrim

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Período pré-colonial. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/periodo-pre-colonial. Acesso em: 25 de April de 2024.

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01. [Cesgranrio] O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período “pré-colonial” (1500-1530), foi marcado pelo(a):
a) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil;
b) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano.
c) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já experimentada no Oriente;
d) fixação de grupos missionários de várias ordens religiosas para catequizar os indígenas;
e) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses.

02. [ENEM] “Apesar dos exageros e incorreções, a Lettera de Américo Vespúcio para Piero Soderini com certeza continha várias passagens verídicas. Uma delas é o trecho no qual, referindo-se à sua primeira viagem ao Brasil, realizada entre maio de 1501 e julho de 1502, Vespúcio afirma: ‘Nessa costa não vimos coisa de proveito, exceto uma infinidade de árvores de pau-brasil (…) e já tendo estado na viagem bem dez meses, e visto que nessa terra não encontrávamos coisa de metal algum, acordamos despedirmo-nos dela.’ Deve ter sido exatamente esse o teor do relatório que Vespúcio entregou para o rei D. Manoel, em julho de 1502, logo após desembarcar em Lisboa, ao final de sua primeira viagem sob bandeira portuguesa. O diagnóstico de Vespúcio selou o destino do Brasil pelas duas décadas seguintes. Afinal, no mesmo instante em que era informado pelo florentino da inexistência de metais e de especiarias no território descoberto por Cabral, D. Manoel concentrava todos os seus esforços na busca pelas extraordinárias riquezas do Oriente. (BUENO, Eduardo. Náufragos,traficantes e degredados: as primeiras expedições ao Brasil. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1998, p. 65.)
A descoberta do Brasil não alterou os rumos da expansão portuguesa voltada prioritariamente para o Oriente, o que explica as características dos primeiros anos da colonização brasileira, entre as quais se inclui o (a):
a) caráter militar da ocupação, visando à defesa das rotas atlânticas;
b) escambo com os indígenas, garantindo o baixo custo da exploração;
c) abertura das atividades extrativas da colônia a comerciantes das outras potências europeias;
d) migração imediata de expressivos contingentes de europeus e africanos para a ocupação do território;
e) exploração sistemática do interior do continente em busca de metais preciosos.

01. [A]
02. [B]

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