O movimento do neonazismo origina-se da intolerância ao diferente, do racismo, homofobia e demais preconceitos. É comumente associado ao resgate do nazismo, devido a sua intolerância, política de ódio e violência.
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Discriminando minorias, atacando grupos específicos e propagando a segregação, bem como a pregação da supremacia branca e heterossexual. Isso desencadeia uma política de ódio e perseguição a grupos de minorias, como negros, judeus, estrangeiros, imigrantes, refugiados e homossexuais.
O objetivo deste movimento é propagar a ideia do alemã Adolf Hitler, que tinha como missão exaltar “superioridade da raça ariana”, considerada, por ele, como a raça pura e superior.

História do neonazismo
Após a derrota da política nazista na Segunda Guerra Mundial, a ideologia havia adormecido. No entanto, seu desaparecimento foi temporário.
Nos anos de 1970, pequenos grupos que se auto-denominavam neonazistas começaram a emergir na Europa. Já na década de 1990, um movimento de neonazismo acabou despontando novamente no Velho Continente.
Em razão da crise vivida no período, e o fim da URSS, bem como o fracasso do socialismo no leste europeu, um sentimento ideológico de extrema-direita cresceu.
Grupos neonazistas acabaram se tornando comuns, mesmo em função do pouco tempo desde o fim do nazismo. O neonazismo em questão motivou a busca por explicações que justificassem a ascensão do movimento no período.
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Diferença entre neonazismo e nazismo
Existe, entretanto, uma pequena diferença que separa o neonazismo do nazismo clássico. Enquanto a política propagada por Hitler almejava o expansionismo nacional, militar e imperial, o segundo propunha a segregação.
Ou seja, o neonazismo tinha como objetivo a expulsão de estrangeiros e imigrantes em seus primórdios. Eslavos, árabes, africanos, asiáticos e até mesmo turcos da Europa Ocidental.
Uma política de perseguição semelhante, motivada por um nacionalismo exarcebado, mas que não apresentava qualquer pretensão de expansionismo militar.
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Neonazismo no Brasil
Na reta final da ditadura militar, nos anos de 1980, o movimento punk surgiu, e, em contrapartida, o neonazismo segue para contrapor o punk que emergia na capital paulista.
A derrocada da ditadura, o fim do “milagre econômico” – que respirava por aparelhos – e um futuro sombrio ameaçavam o país. A crise na reta final de regime dos militares acabou alimentando um movimento silencioso que era contrário a um futuro sem qualquer perspectiva.
Ao todo, nos dias atuais, existem dezenas de grupos neonazistas espalhados pelo Brasil. Os estados do sul e sudeste apresentam um expressivo número destes grupos segregacionistas.
Os grupos podem representar duas vertentes, tanto política do ponto de vista do ativismo, como uma mais agressiva. Comumente nordestinos que vão em busca de trabalho para o sudeste são atacados por grupos neonazistas brasileiros.
Mesmo havendo uma grande discrepância e discórdia entre os grupos do neonazismo brasileiro, há uma similaridade entre todos. A apologia à violência e à intolerância às minorias é uma constante.
Igualmente aos movimentos neonazistas internacionais, os grupos brasileiros propagam um ultranacionalismo, xenofobia, racismo e discriminação. O neonazismo é ligado ao nazismo e ao fascismo, seja ele assumido ou mascarado.
O neonazismo velado não tira a associação ao tema, que tem como política a diminuição das minorias, a sobreposição das maiorias e a intolerância como política oficial.
Referências
AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.

Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Neonazismo. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/neonazismo. Acesso em: 02 de August de 2025.