Maria Quitéria

Maria Quitéria nasceu nas proximidades de Feira de Santana, na Bahia, em 1792. Foi uma importante figura política e militar no Brasil. Grande influente nas lutas pela independência, Quitéria é um dos símbolos do país e de seu estado. Baiana de nascença, e com hábeis traços voltados para as lutas, Quitéria apresentava grande intimidade para usar armas de fogo. Por causa dessa sua habilidade, inscreveu-se como um dos voluntários para aderir às lutas que tomava a época. Entre os objetivos destas batalhas estava a de lutar contra as províncias que não reconheciam D. Pedro como legítimo imperador.

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O estado de nascença de Maria Quitéria contava com forte presença militar portuguesa. Apresentava, portanto, severa resistência às forças impostas pelo imperador. Dessa maneira, Dom Pedro envia ao estado da Bahia o general Pierra Labatut. Este, por sua vez, organiza um exército com tropas que afrontam os portugueses. Conquistando a vitória contra os ocupantes lusitanos, o exército possui um grande destaque. Maria Quitéria é nome importante em várias lutas. Por causa de sua coragem, acaba por ser condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul.

Vida e infância de Maria Quitéria

Maria Quitéria é nascida mais precisamente no Arraial de São José de Itapororocas, na Bahia, próximo a Feira de Santana. Tendo perdido sua mãe com apenas 10 anos, Quitéria jamais apresentou bom relacionamento com as demais esposas do pai. Isso ocasionou um afastamento da jovem de casa durante o dia. Por esse motivo, passava mais tempo aprendendo a manejar armas de fogo e a montar em cavalos. As atividades destinadas à mulher, à época, não eram bem vistas por Quitéria.

Seu pai, no entanto, permanecia relutante com as decisões da jovem. Isso é marcante quando mensageiros que lutavam em favor da independência chegaram à fazenda. O intuito era buscar combatentes dispostos a lutar pelas tropas. Contudo, o pai de Quitéria se negou a colaborar. Seu posicionamento era claro em favor da presença das tropas portuguesas na região. Isso alimentou os desejos e ideologias da jovem em lutar em prol do que acreditava.

Contrária ao pai, ela foge, corta o cabelo para não gerar desconfiança e se apresenta ao Corpo de Caçadores. Lá, apresenta-se sob o pseudônimo de Soldado Medeiros. Semanas após descobrir o paradeiro da jovem, o pai delata Maria Quitéria ao comandante da divisão. Contudo, o Major Silva e Castro já via na jovem uma prodígio na luta armada. Assim, ele nega a baixa da jovem e a mantém junto do corpo de combatentes. Dentro do chamado Batalhão dos Voluntários, Quitéria já fazia fama entre os militares por suas habilidades.

Batalhão de Voluntário: os Periquitos

Foi no Batalhão de Periquitos, devido a cor verde das fardas, que Quitéria obteve grande destaque. Junto ao batalhão, ela teve grande importância nos combates de Itapuã, Pituba e Barra do Paraguaçu. Neste último, ela lidera com maestria um pelotão apenas composto de mulheres. Impedindo o desembarque de tropas portuguesas, sua liderança, enfim, consegue a expulsão da Bahia, em 1823.

Seus feitos renderam condecorações do Imperador Dom Pedro. Homenageada com a medalha de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro, Quitéria se torna um ícone. A pedido pessoal da combatente, D. Pedro se desculpa com o pai de Maria Quitéria. Perdoada, ela retorna para a cidade natal e se casa. Até o ano de sua morte, em 1853, é esquecida pela história do Brasil.

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Referências