Joana D’Arc

Joana D’Arc foi uma guerreira francesa que se destacou no seu comando de tropas militares francesas.

Joana D’Arc nasceu, imprecisamente, no dia 6 de janeiro de 1412, no pequeno vilarejo de Domrémy, na França. Sua data de nascimento é imprecisa, uma vez que não há uma exatidão quanto ao dia, apenas suposições.

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Atualmente, a cidade natal de Joana recebe o nome de Domrémy-la-Pucelle. Em Pucelle, como donzela, numa homenagem à guerreira e heroína francesa.

A jovem guerreira foi filha de agricultores e artesãos, sendo ainda a irmã caçula de outros quatro filhos do casal Jacques e Isabelle. Joana D’Arc era analfabeta, o que era comum entre os camponeses da França.

No entanto, segundo ela mesma relatou, teria ouvido vozes que lhe confidenciaram uma missão especial. Além de ajudar na libertação da França, era de sua responsabilidade levar o verdadeiro rei ao trono.

Durante esse período, a França estava sob completo domínio da Inglaterra. Enquanto havia os que eram a favor dessa dominação inglesa, como os Borguinhões, e os que eram contrários, no caso os Armagnacs.

Para os Armagnacs, e demais apoiadores, o legítimo rei da França seria Carlos VII.

Joana D'Arc
Joana D’Arc reconhecendo o verdadeiro rei. (Imagem: Reprodução)

A dominação francesa e o destaque de Joana D’Arc na luta armada

Durante a Guerra dos Cem Anos, a vida de Joana D’Arc começa a ter amplo destaque. A França, durante esse período, começa a retomada territorial da dominação inglesa.

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A morte de Carlos VI, durante o ano de 1422, ocasionou a cerimônia de coroação de um novo rei na França. No entanto, o coroado foi Henrique VI, da Inglaterra, como o novo líder francês.

A revolta se iniciou, dividindo a França em dois grandes grupos extremamente opositores. Os Borguinhões apoiavam o rei Henrique VI e a dominação inglesa.

Enquanto isso, os Armagnacs indicam a legitimidade de Carlos VII como o novo rei, em claro descontentamento com o domínio da Inglaterra.

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Uma campanha militar é então arquitetada a fim de subir Carlos VII em seu legitimo posto como rei da França. A liderança desta campanha partiu de Joana D’Arc.

A guerreira lidera o panteão francês de Carlos VII para derrotar ingleses e seus apoiadores franceses. Dessa forma, Joana marca seu nome na importante formação histórica da França como uma nação forte.

Como Joana D’Arc provou a veracidade de suas visões

Antes de assumir a liderança do exército de Carlos VII, Joana já demonstrava hábeis características de uma guerrilheira. No entanto, foi apenas quando conheceu aquele que ela dizia ser o legítimo rei, que tudo começou a caminhar para a retomada da França.

A jornada começou nos seus 16 anos de idade, em 1429. A corajosa Joana, de cabelos curtos, e sob trajes masculinos, percorre por entre linhas inimigas durante um ano, apenas em embates contra os Borguinhões.

Ao alcançar a região de Chinon, ela então encontra-se com Carlos VII. Entretanto, o encontro entre o rei e a guerreira ocorre de uma forma a tentar comprovar as visões que Joana defendia ter.

Para comprovar a veracidade das visões de Joana D’Arc, o rei convida a jovem guerreira para seu castelo. No entanto, exige que ninguém revele sua real identidade.

Carlos VII veste seus nobres e empregados com elegância, a fim de se assemelharem a um monarca. Ele, então, faz uma fila, e apresenta todos como sendo Carlos VII.

Joana examina os rostos, cumprimenta-os, mas não faz reverência a nenhum deles. Somente ao chegar diante de Carlos VII que Joana D’Arc se curva, declarando-o como o verdadeiro rei francês.

Referências

AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Joana D’Arc. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/joana-darc. Acesso em: 20 de April de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [FEI] Há seiscentos anos nascia Santa Joana D’Arc em Domrémy (França). Aos 19 anos, tornou-se uma heroína nacional e mártir da religião. A vida de Joana D’Arc está associada à:

a) Guerra dos Cem Anos, que indica os conflitos armados entre a França e Sacro Império Romano-Germânico resultantes das rivalidades entre católicos e protestantes.

b) Guerra das Duas Rosas, lutas dinásticas realizadas pela sucessão do trono da França durante o século XV.

c) Guerra dos Trinta Anos, ocorrida entre a França e a Espanha durante a dinastia dos Habsburgos. Neste conflito, Joana D’Arc foi queimada na fogueira pela Inquisição espanhola.

d) Guerra dos Cem Anos, que indica uma série de conflitos armados entre Inglaterra e França entre os séculos XIV e XV.

e) Expansão do Reino Franco, que, ao incorporar a maior parte da Europa Ocidental e Central, configurou o Império Carolíngio.

02. [FGV] “Quando Joana D’Arc chegou, a 29 de abril de 1429, os habitantes da cidade estavam prestes a capitular, pois os ingleses tinham-se apoderado das fortalezas e dos castelos que rodeavam Orléans. A 4 de maio, Joana, com os seus soldados, tomou primeiro o castelo (…) Na manhã de 8 de maio, a Donzela verificou que os ingleses haviam abandonado os outros castelos. Orléans estava libertada e os seus habitantes aclamaram em delírio Joana D’Arc, que se sentia feliz por ter cumprido a promessa feita ao seu rei.” (Gabalda e Beaulieu).

Tendo o trecho anterior como base, assinale a alternativa correta.

a) A tomada de Orléans define o fim da Guerra dos Cem Anos, consolidando a unidade e a monarquia francesas;

b) Joana D’Arc, camponesa de Domremy, recebeu como recompensa pelo feito o título de nobreza e, portanto, o direito às terras nas quais anteriormente vivia;

c) nacionalismo emergente, reforçado pelo significado desse feito, foi capitalizado pelos reis da dinastia Valois para consolidar a monarquia francesa;

d) Joana D’Arc, aristocrata de nascimento e posses, foi condenada à fogueira posteriormente, tornando-se símbolo do nacionalismo francês;

e) A derrota dos ingleses em Orléans marca o fim da Guerra dos Cem anos, mas não define, de imediato, a unidade e a monarquia francesas.

01. [D]

02. [C]

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