Independência do Uruguai

A independência do Uruguai compreende mais uma luta latinoamericana para fugir das correntes que prendiam muito dos países aos colonizadores europeus.

Antes de findar sobre a Independência do Uruguai, é necessário entender o conceito evolutivo histórico da região. Precedente ao descobrimento do território pelos espanhóis, em 1516, o local era habitado majoritariamente por índios Charrua. Além deles, os Guaranis e os Chanés também habitavam o local. De grande parte, no entanto, destacam-se os Charruas, os quais tiveram destaque durante a Guerra pela independência do país.

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As batalhas se estenderam por longos anos até a enfim declaração da constituição vigorada. A retomada começa com a capital argentina de Buenos Aires, bem como a de Montevideu, no Uruguai. Fundada entre os anos de 1724 e 1750, a capital uruguaia se torna um símbolo de nacionalismo que inflama entre os futuros revoltos. No entanto, é na capital argentina que a Banda Oriental emerge.

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A estátua de General Artigas simboliza a luta pela Independência do Uruguai. (Imagem: Reprodução)

Início do processo de independência do Uruguai

O processo de revolução tem início na capital hermana de Buenos Aires. Na denominada Revolução de Maio de 1810, a Banda Oriental do Uruguai demorou a se juntar. Só a partir do Grito de Ascencio (chamada para a revolução), em 1811, que tem-se início o processo de revolução. A luta armada toma então conta da capital uruguaia entre os anos de 1810 e 1814.

Buscando a independência junto às colônias espanholas, e liderado pelo General José Artigas, a Banda Oriental resiste à invasão luso-brasileira. O general, porém, é derrotado na batalha de Catalán, em 1917, iniciando pequenos movimentos de guerrilha que durariam três anos. A derrota na Batalha de Tacuarembó fez a resistência do general sucumbir. Em 1820, o combatente uruguaio refugia-se no Paraguai, onde morre três décadas depois, sem ter retornado ao Uruguai.

No ano de 1821, após o exílio de Artigas, o Uruguai é anexado ao Brasil. Por meio de uma aliança entre brasileiros e portugueses, a região é batizada de Província Cisplatina. No ano de 1825, os brasileiros são expulsos da província pelo líder uruguaio Juan Antonio Lavallejo. Sob ajuda de tropas da argentina, Lavalleja proclama a independência do Uruguai no mesmo instante. No entanto, o ato só é reconhecido pelos vizinhos três anos mais tarde, através do Tratado de Montevidéu.

Durante o período de colonização, disputas territoriais e ideológicas entre latinos e europeus fizeram o número de charruas diminuir. Devido a doenças, desavenças com brancos e extinções em massa, os antigos majoritários da região reduziram-se gradualmente. Para se ter ciência, em 1832, os Charruas são completamente dizimados.

Com o estabelecimento de uma república, a política divide-se entre conservadores (blancos) e liberais (colorados). As desavenças entre visões políticas levaram o país a uma Guerra Civil que se estenderia por 12 anos (1839-1851).

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A estabilidade após a Guerra Civil

Após a guerra interna, o Uruguai adentra a Guerra do Paraguai, em 1865. Fazendo parte da vitoriosa Tríplice Aliança junto de Argentina e Brasil, o país consegue estreitar relações com os vizinhos.

No entanto, é no trabalho do presidente Battle y Ordonez, no início do século XX, que o Uruguai chega à estabilidade. A instituição de um sistema social findado proporcionou uma qualidade de vida melhor ao uruguaio.

Essa estabilidade rendeu o apelido de “Suiça Americana” ao país, o que durou até meados dos anos 1950. A alcunha duraria mesmo com a breve substituição do presidencialismo por um Conselho de Administração, que duraria por 14 anos.

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No ano de 1967 o presidencialismo retorna com a promulgação de uma nova constituição. Esta, porém, não duraria muito tempo, já que o país enfrentaria uma ditadura entre os anos de 1973 e 1980. Após isso, a democracia é enfim consolidada, no ano de 1980.

Referências

AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Independência do Uruguai. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/independencia-do-uruguai. Acesso em: 20 de April de 2024.

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