Imigração no Brasil

A Imigração no Brasil tem início a partir do século XVII, logo após o fim do tráfico de escravos africanos. Estes, vindos à força para o Brasil, acabaram se tornando uma parcela significativa da população.

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O governo, à época, determinou a abertura dos portos para a chegada de imigrantes europeus. A ideia era por fim à herança escrovocrata da nação, e o processo de “branqueamento” da população começou.

Com abertura decretada dos portos, a imigração de europeus não portugueses teve início no Brasil. Para atrair os cidadãos do Velho Continente para o país, expedições artísticas e científicas peregrinavam pelos países a fim de divulgar a colônia.

Foi a proibição dos escravos decretada em 1850 que fez atrair a atenção de pessoas dispostas a trabalharem nas lavouras de café. O preconceito racial e a necessidade, na visão do governo, de embranquecer a população fizeram o Brasil correr atrás de imigrantes.

Imigrantes italianos no Brasil e imigrantes alemães eram os principais alvos. Tanto os nascidos na Alemanha, quanto os nascidos na Itália, foram destinados ao trabalhos nos cafezais.

Os Imigrantes no Brasil

Além dos imigrantes italianos e alemães, cidadãos espanhóis, russos e até mesmo japoneses desembarcaram no país. Vale lembrar que a população brasileira ao fim do período escravocrata já atingia os 5 milhões de pessoas.

É fundamental constatar, porém, que imigrante, para o viés de estudos, delimita-se aquele cidadão que chegou livre ao país. Os imigrantes africanos foram, diferentemente de imigrantes italianos, forçados a chegar sob condições deploráveis e submetidos a trabalhos forçados.

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Imigrantes Alemães no Brasil

A unificação aduaneira realizada pelo Império Alemão fez com que muitos camponeses perdessem as terras que eram de suas posses. Havia imigrantes alemães vivendo no Brasil no período, mas foi em 1824, no dia 25 de julho, que comemora-se o marco da imigração.

Ao desembarcarem na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, os imigrantes garantiram um pequeno pedaço de terra para cultivo. Incentivados pelo governo, eles tiveram a liberdade de reproduzir a cultura de seus antepassados.

Imigrantes Italianos do Brasil

A partir do século XVII, com a Unificação da Itália consolidada, em 1870, o número de imigrantes italianos no Brasil aumentou. Ao fim do tráfico de escravos, o governo brasileiro desejava imigrantes italianos para substituir os africanos escravizados.

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O fluxo de imigração italiana no Brasil só diminuiria com a chegada de Mussolini ao poder. Até o ditador assumir, os brasileiros pagavam passagem aos italianos, prometendo-os casa, trabalho e salários – o que não ocorria.

A cultura italiana no Brasil se concentrou muito na região serrana do Rio Grande do Sul, próximo às cidades de Bento Gonçalves e Caxias do Sul. São Paulo também foi uma cidade que recebeu inúmeros imigrantes italianos no Brasil.

Imigrantes da Espanha

Depois de portugueses e italianos, o terceiro maior número de imigrantes no Brasil são oriundos da Espanha. Entre 1880 e 1950 calcula-se que cerca de 700 mil espanhóis vieram para o Brasil.

Deste total, 78% estima-se que tenham se dirigido a São Paulo. O objetivo era trabalhar nas lavouras de café, e, anos mais tarde, destinariam às laranjas.

Imigração no Brasil por suíços

Foram os primeiros europeus não-portugueses a realizarem a imigração no Brasil. As condições adversas a qual viviam os suíços não foi um entrave, pois a população seguiu o fluxo migratório durante o século XX.

As principais colônias ficavam em Santa Catarina, próximas à região de Joinvile. Com o mau tratamento pelos governantes brasileiros, os imigrantes da Suíça foram proibidos de se dirigirem ao Brasil em 1950.

Imigrantes do Japão

O Brasil conta com a maior colônia japonesa no mundo. Chegando ao Brasil no ano de 1908, os nipônicos chegaram ao Brasil para trabalhar nos cafezais.

Consolidaram-se no norte do Paraná e, sobretudo, em São Paulo, onde, até os dias atuais, mantém uma cultura muito forte. O Bairro da Liberdade é um exemplo de cultura japonesa moderna vigente no Brasil.

Imigrantes do Oriente Médio

Por fim, o grande fluxo concentrou-se oriundo do Oriente Médio. Imigrantes vindos da Síria, Turquia e Líbano eram majoritários tendo o Brasil como destino.

Sendo agricultores em suas terras natais, os imigrantes tiveram dificuldades em conseguir terras, devido ao modelo latifundiário brasileiro. Grande parte, então, dirigiu-se aos grandes centros urbanos, a fim de trabalharem como ambulantes.

Conhecidos como mascates, grande parte das pessoas que vinham para Imigração no Brasil portavam malas, repleta de produtos. A ideia era vender a mercadoria nos grandes centros, acompanhando, inclusive, as linhas ferroviárias e rodoviárias.

Referências