As Guerras Púnicas ocorreram no contexto da expansão romana para o Oriente.
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O primeiro avanço de Roma nas terras de outros povos começou no século IV a.C., quando as demais cidades latinas foram anexadas ao território romano.
A hegemonia romana sobre a Península Itálica era a militar e comercial. As cidades submetidas eram obrigadas a colocar seu comércio à inteira disposição dos romanos.
Foi a expansão comercial de Roma que originou as guerras com Cartago, que era um das grandes potências econômicas dos séculos IV e III a.C.

Cartago e as Guerras Púnicas
A cidade de Cartago era uma antiga colônia fenícia localizada ao Norte da África, onde hoje fica a Tunísia.
Os cartagineses eram grandes comerciantes que circulavam pelo Mar Mediterrâneo vendendo suas mercadorias. O Império Cartaginês era formado por feitorias localizadas no Norte da África, no Sul da Península Ibérica e em algumas ilhas do Mediterrâneo, como Córsega, Sardenha e Sicília.
Quando Roma anexou os portos do Sul da Itália, Cartago sentiu-se ameaçada pela nova potência que se formava.
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Para decidir essa rivalidade, as duas cidades entraram em guerra. O conflito entre Roma e Cartago foi denominado Guerras Púnicas.
O enfrentamento militar ocorreu em três etapas:
Primeira Guerra Púnica (264 a 242 a.C.)
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Roma toma a Sicília, a Córsega e a Sardenha dos Cartagineses comandados por Amilcar Barca, pai de Aníbal de Cartago.
Segunda Guerra Púnica (218 a 201 a.C.)
Aníbal comanda um exército de mais de 60 mil soldados e aliando-se aos gauleses, macedônicos e gregos derrota os romanos na Batalha de Canas, onde pereceram 40 mil romanos. Os romanos conseguem reverter a situação e tendo Cipião cercado Cartago, Aníbal teve de regressar.
Terceira Guerra Púnica (149 a 146 a.C.)
Os romanos mandam 80 mil soldados e tomam Cartago, transformando-a em uma província romana; a província Africana. Os romanos fazem 40 mil escravos e os vendem. Os aristocratas romanos ficam com as terras.

Após as Guerras Púnicas
Em 146 a.C., quando terminou a terceira etapa do conflito, Cartago estava completamente destruída e Roma passou a controlar o Mar Mediterrâneo. A partir daí, as conquistas romanas pareciam não ter mais fim.
No Ocidente, além da Itália e do Norte da África, dominaram a Gália (França), a Península Ibérica e a Grécia. Em direção ao Oriente, os romanos ocuparam as terras conquistadas por Alexandre, o Grande, que se estendiam da Península Balcânica até o Rio Indo, na Índia.
Nas cidades aliadas de Roma, como era o caso das cidades latinas, a população tinha independência política. Os povos que os romanos achavam muito primitivos para tornarem-se seus aliados eram submetidos econômica, política e militarmente.
Esses territórios eram considerados províncias e eram regidos pela lei militar.
Essas províncias romanas eram submetidas a pesados tributos e uma parte da população era escravizada.
Referências
História, uma abordagem integrada – Nicolina Luiza de Petta, Eduardo A. Baez Ojeda

Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Bernardes, Luana. Guerras Púnicas. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/guerras-punicas. Acesso em: 20 de June de 2025.
01. [UFV]: A respeito das classes que compunham a sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afirmar que:
a) os “plebeus” podiam casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conseguiam quitar suas pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão social.
b) os “plebeus” compunham a classe formada pelos camponeses, artesãos e alguns que conseguiam enriquecer-se por meio do comércio, atividade que lhes era permitida.
c) os “clientes” eram estrangeiros acolhidos pelos patrícios e transformados em escravos, quando sua conduta moral não condizia com a de seus protetores.
d) os “patrícios” foram igualados aos plebeus durante a democracia romana, quando da revolta dos clientes, que lutaram contra a exclusão social da qual eram vítimas.
e) os “escravos” por dívida eram resultado da transformação de qualquer romano em propriedade de outrem, o que ocorria para todos que violassem a obrigação de pagar os impostos que sustentavam o Estado expansionista.
02. [UFSCAR]: Quando a notícia disto chegou ao exterior, explodiram revoltas de escravos em Roma (onde 150 conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de 1.000 envolvidos), em Delos e em muitos outros lugares. Mas os funcionários governamentais logo as suprimiram nos diversos lugares com pronta ação e terríveis torturas como punição, de modo que outros que estavam a ponto de revoltar- se caíram em si. (Diodoro da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília. 135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma Antiga eram:
a) lideradas por senadores que lutavam contra o sistema escravista.
b) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
c) provocadas pela exploração e maus-tratos impostos pelos senhores.
d) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam indefinida a situação de escravidão.
e) pouco frequentes, comparadas com as que ocorreram em Atenas no tempo de Sólon.
01. [UFV]
Resposta: B
Ao contrário dos patrícios, a plebe não possuía origem nobre nos antigos clãs que fundaram a cidade de Roma. Consequentemente, também não possuía as grandes faixas de terras cultiváveis que os patrícios possuíam e nem os mesmos privilégios políticos que estes.
02. [UFSCAR]
Resposta: C
Os escravos rebelaram-se em virtude da exploração e maus-tratos que lhes eram impostos como forma de controle social. Todavia, essas revoltas só foram possíveis pelo fato de esses escravos terem se articulado contra os senhores, apesar de não terem sido um grupo social homogêneo.