Filosofia Política

A Filosofia Política é uma corrente filosófica com objetivo de estudar questões que abrangem convivência humana e entre grupos humanos.

A filosofia política é tida como uma vertente filosófica, em que sua função abrange estudar questões que norteiam a convivência entre humanos e grupos de seres.

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O estudo fundamenta, na prática, questões que envolvam estado, governo, iniciativa privada, justiça, liberdade, pluralismo, e, claro, a política.

É o ponto que converge a ética com os integrantes da sociedade, em que dita as melhores formas de se agir no meio social. A filosofia política abrange, dessa maneira, o direito à liberdade, à propriedade, à defesa pessoal e à vida.

filosofia política
(Imagem: Reprodução)

A filosofia política tem por objetivo principal buscar respostas que sejam complementar às perguntas como:

  • O que é governo?
  • Por que o estado é necessário?
  • É possível haver legitimidade no governo?
  • O governo deve assegurar direitos? Como?
  • Quando um governo pode/deve ser deposto?

Principais pensadores da filosofia política

Aristóteles e Maquiavel foram os primeiros a aderir do “pensar político” dentro da filosofia. Posteriormente, os iluministas também assumiram tal alcunha como filósofos políticos.

Aristóteles

Aristóteles teve como uma de suas obras mais respeitadas no campo da filosofia política o trabalho de nome homônimo: Política. Além de “A República”, de seu discípulo Platão.

Para Aristóteles, a natureza da humanidade era a justificativa para o homem residir em sociedade (grupos/tribos). Esta seria, para ele, uma das principais características dos seres humanos enquanto pensamento como seres.

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Ou seja, o pensamento humano só seria possível de ser perpetuado, se em sociedade capaz de evoluir em conjunto. Só assim, para o filósofo grego, o homem se tornaria homem.

Em sua obra “Política”, o filósofo ainda aponta e atesta: “O ser humano é um animal político”. Durante a Idade das Trevas, a Igreja Católica se apossou de Aristóteles, tornando-o um homem mais voltado ao cristianismo.

A corrente ordenada por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino extraiu o pensar político de Aristóteles. Evocava-se, assim, um conceito de política aristotélica muito mais voltada ao poder hierárquico do que propriamente da política social.

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Maquiavel

Maquiavel decide por romper a compreensão do europeu quanto a filosofia política. Nas suas obras “O Príncipe” e “Os Discursos”, o filosofo político e pessimista reflete sobre o bem o mal.

Para Maquiavel, os antagonismos são apenas métodos de chegar até o fim. Dessa forma, ele desvincula ética, moral e atributos cristãos da política.

Estudo de política, segundo o filósofo francês, necessitava isolamento. Era algo mais inerte ao humano e não dependeria de proposições criadas por mortais.

Os iluministas

O ponto alto da filosofia política na Europa. Voltaire, Rousseau e Locke foram os que propuseram uma continuação dos estudos maquiavélicos e aristotélicos.

Denominada como era de ouro da filosofia política, o iluminismo vinha com a proposta de ser a luz na escuridão política do período.

Referências

AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Filosofia Política. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/filosofia-politica. Acesso em: 28 de March de 2024.

Exercícios resolvidos

1. [UEPA]

Leia o texto para responder à questão.

Platão:

A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17)

Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à:

a) oligarquia
b) república
c) democracia
d) monarquia
e) plutocracia

Resposta: C

2. [UEMG]

O Absolutismo como forma de governo esteve presente na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores economias de seu tempo.
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram:

a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam que o Rei era um representante divino.

b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado.

c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo como senhor de seus direitos.

d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, que defendeu a primazia da esfera governamental.

Resposta: E

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