Corrida Armamentista

A corrida armamentista teve como objetivo a pesquisa e criação de armas pelos Estados Unidos e União Soviética que eram inimigos ideológicos.

O confronto que ficou conhecido como Guerra Fria ocorreu tempo como foco principal a supremacia política e ideológica dos Estados Unidos e da União Soviética, conflitantes entre si. As duas superpotências, entretanto, não tiveram uma luta aberta entre si, fazendo uso de armas e violência. Isso porque os países do mundo entraram em conflito por suas questões ideológicas conflitantes, escolhendo um ou outro lado.

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Imagem: Reprodução

Durante a Guerra Fria, o termo “corrida armamentista” foi bastante utilizado. Isso em decorrência do grande investimento que houve, neste período, quanto ao desenvolvimento e pesquisas relacionadas às armas. Enquanto um país lançava uma nova tecnologia em armamento, dando apoio político e financeiro para aqueles que lutavam ao seu lado, o outro, logo em seguida, respondia a altura com novas tecnologias.

Com o tempo, essa atualização do arsenal de ambas superpotências acabou assumindo proporções absurdas, o que gerou para os Estados Unidos e para a União Soviética, poder armamentista suficiente para destruir um ao outro, e até mais do que isso. Foi justamente essa constante atualização bélica por parte dos dois países que ficou conhecida na história como a corrida armamentista.

Contexto Histórico

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O ponto inicial, segundo historiadores, desta corrida armamentista, foi o lançamento dos americanos de duas bombas atômicas em solo japonês no ano de 1945, seguido pela União Soviética que, em 1949, anunciou a conquista da tecnologia nuclear.

Foi este poder de destruição do armamento nuclear que desencadeou a “hecatombe nuclear”, que assustava a população do mundo. Acreditava-se, inclusive, que em qualquer momento que qualquer uma das partes resolvesse fazer uso de suas tecnologias armamentistas, seria posto fim à vida humana no planeta.

Foi assim que surgiu esta competição política-diplomática, que ficou conhecida como “o equilíbrio do terror”, sendo um dos elementos mais significativos na luta pelo poder que ocorreu entre os Estados Unidos e a URSS, que buscavam cada vez mais conhecimento bélico para ameaçar o inimigo com seus armamentos de destruição em massa.

A competição que durou décadas implicava ainda em estratégias de dominação, e somente terminou com a assinatura dos Tratados de Redução de Armas Estratégicas I e II, nos anos 1972 e 1993, que previam a extinção dos arsenais dos Estados Unidos e dos países que foram integrantes da ex-URSS de forma gradual. Isso ocorreu somente por ambos países detentores de tal tecnologia bélica terem consciência do caos que poderia ser causado por suas armas, além do fato de que a União Soviética estava perdendo forças, sem conseguir manter o socialismo entre seus países membros.

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Referências

Armamentos Nucleares e Guerra Fria – Claude Delmas

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Corrida Armamentista. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/corrida-armamentista. Acesso em: 28 de March de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [ENEM] O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade. O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta:

a) o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado.

b) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria.

c) o desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento de países emergentes.

d) a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse perigo.

e) a condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que concerne às ações militares.

 

02. [PUCCAMP] “… foi um período em que a guerra era improvável, mas a paz era impossível. A paz era impossível porque não havia maneira de conciliar os interesses de capitalistas e comunistas. Um sistema só poderia sobreviver à custa da destruição total do outro. E a guerra era improvável porque os dois blocos tinham acumulado tamanho poder de destruição, que se acontecesse um conflito generalizado seria, com certeza, o último…”

 

O texto descreve uma problemática que, na história recente da humanidade,

a) identifica as tensões internacionais durante a Revolução Russa.

b) ilustra as relações americano-soviéticas durante a Guerra Fria.

c) caracteriza o panorama mundial durante a Guerra do Golfo Pérsico.

d) revela o perigo da corrida armamentista durante a Revolução Chinesa.

e) explica os movimentos pacifistas no Leste Europeu durante a Guerra do Vietnã.

01. [A]

02. [B]

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