Campos de Concentração

Campos de Concentração são zonas militares com objetivo de prender prisioneiros de guerra ou prisioneiros políticos em meio a conflitos internos ou externos.

Campos de concentração são construções militares com objetivo de detenção dos prisioneiros de guerra ou presos políticos considerados “inimigos da pátria”. Durante a história da humanidade, diversos campos de concentração foram construídos.

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O intuito sempre foi o mesmo em diferentes partes do mundo: segregação social. Através dos campos de concentração, seria possível desenvolver uma forma de controle sobre uma determinada população e não misturá-la às consideradas “superiores”.

O foco deste texto passa longe de apenas destacar os campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Faz-se necessário o destaque a estes, que praticamente propagaram a denominação para o resto do mundo.

Entretanto, é imprescindível o destaque aos demais campos de concentração tão cruéis como os observados na região da Alemanha e Polônia entre os anos de 1933 e 1945.

Sob forte segurança, tortura, submissão de trabalho escravo e outros abusos sob condições subumanas. Além de alimentação precária, baixa qualidade de vida e sequer haver privacidade, os campos de concentração se espalharam pelo mundo.

Além de Auschwitz, muitos outros na própria Alemanha/Polônia nazista acabaram se sobressaindo por suas condições e vida a que submetiam os aprisionados, além, claro, dos relatos de violência e assassinato nos campos.

Os principais campos de concentração que existiram ao redor do mundo

A dimensão proporcionada pelos campos de concentração nazista fez com que os mesmos fossem sinônimos do conceito. Entretanto, ao longo da história, foi possível perceber registros de campos de concentração em diversas partes do mundo.

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Nas colônias inglesas da África, em Cuba durante a colonização espanhola e até mesmo no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, além destes, outros cinco verdadeiramente se destacam, sejam pela sua crueldade, seu sistema velado e ainda pela contemporaneidade.

Campo de concentração nazista

Os campos de concentração nazista são o verdadeiro resumo deste sistema militar de prisão. Eles são a representação simbólica dos horrores ocorridos durante o Holocausto.

campos de concentração nazista
(Imagem: Reprodução)

Dachau foi o primeiro campo nazista erguido na Alemanha, em 1933, destinado a comunistas e social-democratas. Com o passar dos anos, foi usado contra as minorias sob doenças físicas e mentais, além, claro, do extermínio da comunidade judaica.

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A partir de registros encontrados no maior campo de concentração nazista, Auschwitz, na Polônia, estima-se que o número de mortos ultrapassa a casa dos milhões ao longo dos mais de dez anos de funcionamento.

A Colônia da Dignidade no Chile

Durante o período ditatorial de Pinochet, no Chile, o país viveu anos de terror, sobretudo na Colônia da Dignidade. Segundo relatos de torturados, vendas eram colocadas e a tortura se dava às cegas.

campos de concentração no chile
(Imagem: Reprodução)

Políticas nazistas, abusos sexuais de crianças e tortura em nome do ditador chileno eram rotina no local. Um centro clandestino para detenção e tortura, que funcionou no país sul-americano em meados dos anos 1970 e teve como fundador um ex-integrante do exército nazista.

Campos de concentração para japoneses nos Estados Unidos

Os campos de concentração para japoneses nos Estados Unidos foram criados em 1942, sob ordem do presidente Franklin Roosevelt. O intuito era segregar a população nipônica, impedindo a convivência dos mesmos com os norte-americanos sem descendência do país asiático.

campos de concentração nos eua
(Imagem: Reprodução)

Nos EUA, os campos de concentração recebem o nome de internment camps (ou campos de internamento, em tradução livre). O termo é criticado por especialistas, que afirmam ser apenas um eufemismo para concentration camps (campos de concentração).

Campo de concentração soviético

Os denominados como “Gulags” foram campos de concentração para trabalho forçado na extinta União Soviética. A URSS criou o modelo a fim de abrigar os prisioneiros de guerra após a Revolução Comunista de 1917.

campos de concentração gulags
(Imagem: Reprodução)

A palavra Gulag é uma sigla russa para Administração Central dos Campos, que era espalhados ao longo do território soviético.

Campo de concentração para muçulmanos na China

A polêmica medida de legalização dos campos para muçulmanos na China repercutiu na sociedade contemporânea. Ao longo de 2018, o governo chinês negou a existência dos campos.

campos de concentração na china
(Imagem: Reprodução)

Entretanto, uma lei sancionada no mês de outubro do mesmo ano acabou por legalizar a prática com muçulmanos. Segundo a lei, a ideia é “promover a transformação ideológica e impedir qualquer chance de extremismo.

Apesar de sofrer críticas da comunidade internacional e ser considerado uma lavagem cerebral, o campo de concentração islã ainda permanece em funcionamento.

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Campos de Concentração. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/campos-de-concentracao. Acesso em: 19 de April de 2024.

Exercícios resolvidos

1. [UFSCAR]

“Esse mundo novo de extermínio em massa e aniquilação cultural patrocinados pelo Estado deu origem a um novo termo – genocídio, que surgiu em 1944 (…)” (Mark Mazower. “Continente sombrio”. SP: Companhia das Letras, 2001.)

O termo genocídio foi historicamente cunhado com o extermínio:

a) dos anarquistas ucranianos durante a revolução bolchevique.

b) dos judeus durante a vigência do nazismo.

c) dos romenos no seu processo de independência.

d) dos etíopes na invasão italiana.

e) dos zulus durante o governo racista da África do Sul.

Resposta: B

2. [UFU]

O depoimento a seguir, escrito por uma pesquisadora polonesa em 1985, relembra momentos de sua adolescência entre judeus em Varsóvia. Trecho 1: anos finais da década de 1930; trecho 2: meados da década de 1940.

Trecho 1

“Àquela época, era difícil para qualquer um ingressar na escola de medicina da Universidade de Varsóvia – para uma moça ou um rapaz judeu, era quase impossível. Embora as universidades polonesas não tivessem chegado a adotar a exclusão total, havia não obstante uma clara restrição extra-oficial ao número de judeus admitidos como alunos, em especial nos cursos que preparavam profissionais liberais, como o de medicina.”

Trecho 2

“Os guardas obrigam mais e mais pessoas a entrarem, até que fica difícil respirar. Crianças gritam, homens praguejam e blasfemam, uma pessoa fica histérica. – Vamos botar essas três judias pra fora! – exclama de repente uma mulher. – Estaremos bem melhor sem elas. Uma forte reprimenda faz com que ela se cale. – Mais uma palavra – um homem mutilado diz asperamente – e quem vai ser jogada pra fora é você.” BAUMAN, Janina. “Inverno na Manhã. Uma jovem no Gueto de Varsóvia”. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005, p. 17 e 198.

Considerando a narrativa apresentada e o contexto a que se refere, assinale a alternativa correta.

a) A perseguição nazista aos judeus não causou inicialmente muita estranheza, pois diferentes práticas antissemitas eram comuns no dia a dia em várias partes da Europa.

b) O catolicismo e o anglicanismo eram muito difundidos na Polônia já naquela época. Fato este que justificava o forte preconceito contra outras religiões, até mesmo antes do surgimento do nazismo.

c) O convívio entre praticantes de diferentes religiões é indesejável, sobretudo em regiões com culturas tradicionais ou em espaços muito habitados, devido ao risco de violências.

d) Hostilidades, restrições e perseguições são sempre lembradas por escritores que viveram o holocausto, mas não se repetem atualmente devido à grande tolerância religiosa.

e) Na Polônia, o antissemitismo e o holocausto foram conduzidos pelos próprios poloneses católicos.

Resposta: A

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