Alquimia

Alquimia é uma prática com características de misticismo e ocultismo, sem uma definição pontual de sua origem ou da cultura que a criou.

A Alquimia é conhecida como uma prática de características do ocultismo e do misticismo. Está associada, geralmente, à cura de doenças e demais problemas, e foi desenvolvida por inúmeras civilizações antigas diferentes.

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Praticada por gregos, egípcios, persas, babilônios, árabes, chineses, mesopotâmios e tantos outros, a alquimia foi precursora da ciência. Sobretudo na área da química, a alquimia alavancou a possibilidade de desenvolver estudos na área.

alquimia
(Imagem: Reprodução)

Origem da Alquimia

O início da prática de alquimia é incerta, embora pesquisadores estimam que ela seja praticada desde o século III a.C. Crê-se que em Alexandria, no Antigo Egito, ela teria surgido como uma prática recorrente, estabelecendo-se como ciência na Idade Média.

Entretanto, há também a possibilidade de a prática ter origens asiáticas, mais especificamente chinesas. Alguns vestígios deixam aberta a tendência da prática nos anos 4500 a.C.

Contudo, foi definitivamente na Idade Média que a prática da Alquimia começou a ser perseguida. Os perigos gerados em uma sociedade teocentrista, e o amplo conhecimento que carregavam, fizeram dos praticantes de Alquima, perseguidos pela Igreja.

Durante a Santa Inquisição, muitos eram considerados como bruxos, sendo presos, excomungados e até mesmos queimados. Em suma, à época, a alquimia era uma prática anti-cristo, e quem a praticava estaria contra às leis propostas por Deus.

Características da prática

A prática tinha como característica reunir inúmeras áreas do conhecimento ainda precárias na época. Medicina, astrologia, química, física eram algumas das adotadas pelos alquimistas, que, na época, muitos chamavam de “magia”.

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Dessa maneira, a alquimia se tornou uma precursora da medicina e da química. Na Idade Média, apesar do período de perseguição, a alquimia rapidamente evoluiu.

À época, abrangia-se estudos com experimentos práticos, procedimentos químicos, uso de aparelhos e instrumentos e a adoção de um código secreto alquímico.

Por meio disso, a prática contribuiu para o desenvolvimento das ciências naturais modernas.

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Objetivos da prática

Pesquisadores do meio não acreditam que a Alquimia se limitava à transformação de substâncias em outras. Ela iria muito além da química e de seu caráter de proto-ciência a qual se apresentava.

Dessa forma, os alquimistas tinham como objetivo o próprio crescimento espiritual, muito além do teocentrismo aplicado na sociedade vigente. Em harmonia com a natureza, a ideia era de proximidade com as substâncias provindas dela.

De maneira sucinta, os alquimistas buscavam desvendar os mistérios que envolviam a alma humana. Além dos aspectos metafísicos, pouco questionados e abordados, em virtude de uma época em que Deus seria a resposta para tudo o que fosse questionado.

Principais Alquimistas

Alquimistas são aqueles que praticam a alquimia. Cientistas do período que utilizavam dos procedimentos da prática para desvendar possíveis mistérios que o provocavam. Considerados como grandes sábios, estes a seguir se destacaram na história:

  • Conde de St. Germain (1696-1784): alquimista, ourives (elaborador de jóias) e músico romeno;
  • Nicolás Flamel (1330-1418): alquimista e escritor francês;
  • Alessandro Cagliostro (1743-1795): alquimista italiano e integrante da maçonaria;
  • Eugène Léon Canseliet (1899-1982): alquimista francês;

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Alquimia. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/alquimia. Acesso em: 29 de March de 2024.

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