Acordo de Paris

O Acordo de Paris possui como objetivo principal conter o aumento da temperatura média do planeta nos próximos anos, como também diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Antes de entender o que é o Acordo de Paris, é necessário situar sobre o que foi a COP21. Esta é definida como Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015. Realizada entre os dias 30 de novembro de 2015 e 12 de dezembro do ano corrente em questão.

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O evento ocorreu na capital Paris, França, e contou com a participação de 197 países. Com chefes de estado e/ou seus representantes, as nações reconhecidas pela ONU se reuniram por um mesmo objetivo. O principal tema debatido foi a relação das mudanças climáticas, o efeito estufa e o consequente aquecimento global.

Objetivos do Acordo de Paris

Na conferência, o principal objetivo circundou a diminuição das emissões de gases causadores do efeito estufa. O acordo entre as 195 nações foi um compromisso global, sendo a marca do mais recente firmamento internacional entre as nações.

Um ponto importante do acordo que foge ao objetivo está no fundo de investimento a ser criado. A partir de 2020, países ricos criarão um fundo que acumulará cerca de 100 bilhões de dólares ao ano. O objetivo deste fundo é o financiamento de projetos sustentáveis que combatam as alterações climáticas ocasionados por países pobres.

(Imagem: Reprodução)

O Acordo de Paris entrará em vigor a partir de 2020. Além de diminuir os gases do efeito estufa, o tratado busca reduzir o aumento da temperatura média do planeta. A expectativa é de que no ano de 2100 esta média tenha um acréscimo inferior aos 2ºC.

Assim, a partir disso, foram configurados os INDCs. Este é um documento que deve ser apresentado pelos países a partir de 2018. Nele, serão contidas medidas sustentáveis e práticas com metas estipulando a redução da emissão de carbono. Tal escopo deverá ser revisto a cada cinco anos para possível renovação ou manutenção das metas estipuladas.

Escopo brasileiro dentro do Acordo de Paris

O Brasil, como um participante efetivo nos acordos internacionais que envolvem o meio ambiente, assumiu um compromisso significativo. Para os próximos anos, o país comprometeu-se dentro do acordo a redução da emissão de gases do efeito estufa.

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Dentre os compromissos brasileiros para os próximos anos estão:

  • Redução de 37% nas emissões de gases tóxicos até o ano de 2025;
  • Ampliação da porcentagem para 43% até 2030;
  • Ampliação da participação em fontes de energia renováveis na matriz energética nacional;

Saída dos Estados Unidos do acordo: o que implica?

No dia 1º de junho de 2017 o presidente Donald Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo. Como um dos maiores emissores de gases causadores do efeito estufa, a saída do país abalou o acordo. A decisão de Trump rendeu críticas constantemente feitas pela comunidade internacional. Nações que encabeçam o G20 veem no acordo a possibilidade do planeta, enfim, respirar.

Os compromissos foram assumidos por Barack Obama (então presidente dos EUA à época). No acordo, o ex-presidente americano comprometeu-se a reduzir emissão de poluentes em 28% até 2025. Esses dados seriam em comparação aos níveis de 2005.

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Especialistas atestam que, com o cancelamento das políticas energéticas propostas por Obama, Trump sequer alcançará um índice de 14%. Dessa forma, o país seguirá sendo um dos maiores poluidores do mundo. Atrás somente da China, os EUA não alcançarão os números em compromisso com o Acordo de 2015.

Com a desistência da participação no acordo, os Estados Unidos não poderiam participar das reuniões que coligassem o Grupo. Assim, a liderança de um dos países mais poderosos do mundo na luta contra o aquecimento global estaria suspensa.

A consequência não será apenas para os EUA que sofrerá com o rompimento internacional. A Terra também sofrerá com a retirada americana do acordo. As temperaturas médias irão subir significativamente. O aceleramento do derretimento dos polos será nítido. O nível do mar aumentará.

Tais previsões são nem um pouco otimistas, e especialistas alertam para as consequências ao não reduzir as emissões de gases tóxicos. Caso os Estados Unidos mantenham a postura e não reduzam sequer metade do prometido, as consequências podem ser alarmantes.

Referências

UN climate talks extend Kyoto Protocol, promise compensation. BBC News. 8 de dezembro de 2012.

Acordo de ParisMinistério do Meio Ambiente. 2015

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Acordo de Paris. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/acordo-de-paris. Acesso em: 27 de April de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [ENEM] As cidades industrializadas produzem grandes proporções de gases como o CO2, o principal gás causador do efeito estufa. Isso ocorre por causa da quantidade de combustíveis fósseis queimados, principalmente no transporte, mas também em caldeiras industriais. Além disso, nessas cidades concentram-se as maiores áreas com solos asfaltados e concretados, o que aumenta a retenção de calor, formando o que se conhece por “ilhas de calor”. Tal fenômeno ocorre porque esses materias absorvem o calor e o devolvem para o ar sob a forma de radiação térmica. Em áreas urbanas, devido à atuação conjunta do efeito estufa e das “ilhas de calor”, espera-se que o consumo de energia elétrica:

a) diminua devido à utilização de caldeiras por indústrias metalúrgicas.
b) aumente devido ao bloqueio da luz do sol pelos gases do efeito estufa.
c) diminua devido à não necessidade de aquecer a água utilizada em indústrias.
d) aumente devido à necessidade de maior refrigeração de indústrias e residências.
e) diminua devido à grande quantidade de radiação térmica reutilizada.

 

02. [ENEM] Confirmada pelos cientistas e já sentida pela população mundial, a mudança climática global é hoje o principal desafio socioambiental a ser enfrentado pela humanidade. Mudança climática é o nome que se
dá ao conjunto de alterações nas condições do clima da Terra pelo acúmulo de seis tipos de gases na
atmosfera – sendo os principais o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) – emitidos em quantidade
excessiva através da queima de combustíveis (petróleo e carvão) e do uso inadequado do solo.
SANTiLLi, M. Mudança climática global. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. São Paulo, 2007
(adaptado).

Suponha que, ao invés de superaquecimento, o planeta sofresse uma queda de temperatura, resfriandose
como numa era glacial, nesse caso

a) a camada de geleiras, bem como o nível do mar, diminuiriam.
b) as geleiras aumentariam, acarretando alterações no relevo do continente e no nível do mar.
c) o equilíbrio do clima do planeta seria restabelecido, uma vez que ele está em processo de aquecimento.
d) a fauna e a flora das regiões próximas ao círculo polar ártico e antártico nada sofreriam com a
glaciação.
e) os centros urbanos permaneceriam os mesmos, sem prejuízo à população humana e ao seu
desenvolvimento.

01. [B]

Temperaturas baixas provocam congelamento. O nível do mar diminuirá em consequência da retenção de água congelada.

02. [D]

Efeito estufa gera mais gasto enérgico para refrigeramento.

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