Sistemas agrícolas

Os sistemas agrícolas podem ser intensivos ou extensivos, tendo suas características variadas de acordo com a produtividade e o destino da produção.

Ao falarmos em sistemas agrícolas, precisamos ter consciência de que se trata de agricultura, de uma forma geral. Existem dois tipos de sistemas agrícolas que têm diferenciação em sua aplicação em decorrência do tamanho da área que está sendo cultivada, assim como o índice de produção que é alcançado.

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Imagem: Reprodução

Tipos de sistemas agrícolas

Os sistemas agrícolas podem ser de dois tipos: o de agricultura intensiva e o de agricultura extensiva. O de agricultura intensiva, temos em todas as etapas a utilização da produção de uma grande quantidade de insumos, e há diferenciação, também, pela aplicação de técnicas e tecnologias em seu desenvolvimento. A agricultura intensiva envolve uso de mecanização por meio de tratores, implementos, plantadeiras, colheitadeiras, entre outros, além do uso de insumos aplicados na preparação do solo para o recebimento das sementes, que são selecionadas e imunes de pragas, além de adequadas a quaisquer tipos de clima. Existe, durante o desenvolvimento desse tipo de agricultura, um acompanhamento por parte de profissionais, um técnico agrônomo ou um técnico agrícola. Também conhecido como agricultura moderna ou comercial, esse tipo de sistema agrícola visa a produção diretamente destinada à exportação.

No que se refere à pecuária, o rendimento é avaliado também como forma de definição do sistema que será aplicado. O modo de produção intensivo objetiva, assim como na agricultura, produção elevada, podendo acontecer a pasto ou ainda em sistema de confinamento, mas a densidade de cabeças deve ser a maior possível. São avaliados, para melhor desempenho, investimentos não só na qualidade do solo, mas também o rendimento do pasto, a conformação de carcaça, a genética de qualidade e a oferta de leite.

A agricultura extensiva, por sua vez, tem em seu processo a utilização de elementos presentes na natureza, sem que haja a inserção de tecnologias. Diante disso, podemos definir que a produção, quando comparada à do sistema agrícola de agricultura intensiva, é baixa. Essa produtividade, nesse tipo de agricultura, é definida por meio da qualidade do solo e da sua fertilidade natural, uma vez que não são usados insumos agrícolas objetivando a melhoria da qualidade desse. Além disso, também por não haver utilização dos insumos, como tecnologias, é preciso que seja usada uma grande extensão de terras como área de cultivo. Esse sistema, bastante difundido em países da Ásia, África e América Latina, é marcado principalmente pela agricultura roça tropical ou itinerante.

Referências

Geografia – Espaço e Vivência – Levon Bolligian, Wanessa Garcia, Rogério Martinez, Andressa Alves

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Sistemas agrícolas. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/sistemas-agricolas. Acesso em: 12 de May de 2025.

Teste seu conhecimento

01. [ENEM] “A mecanização no campo está modificando as relações de trabalho no agronegócio brasileiro. O trabalhador rural, antes contratado para fazer o plantio e colheita manual de culturas como a cana-de-açúcar, café e algodão, agora está controlando máquina. (…) As vendas de máquinas agrícolas no país são um termômetro da transformação no campo. O número mais que dobrou nos últimos sete anos. Seja no cultivo para exportação ou para consumo nacional, as grandes lavouras de grãos – soja, milho e feijão – já são 100% mecanizadas”.

CASTRO, M. Mecanização no campo muda as relações de trabalho. Estado de Minas, 14 jan. 2013. Disponível em: http://www.em.com.br. Acesso em: 29 maio de 2015.

A introdução de sistemas agrícolas modernos e mecanizados no Brasil reverbera em uma transformação produtiva no campo e em um impacto socioespacial, que são, respectivamente:

a) aumento da produtividade – subordinação das cidades ao campo

b) concentração fundiária – redução da jornada de trabalho

c) desemprego estrutural rural – aumento da urbanização

d) qualificação da mão de obra – abrandamento da migração campo-cidade

e) melhoria da qualidade produtiva – ruralização da economia

 

02. [ENEM] “Todos sabem que a Primeira Revolução Verde ocorreu a partir de 1960 quando os geneticistas Norman Borlaug, norte-americano que recebeu o Prêmio Nobel trabalhando com trigo, e M. S. Swaminathan, indiano, trabalhando com arroz, conseguiram obter variedades de plantas de alta produtividade comparadas com outras da época. (…)

Agora, um importante artigo publicado pelo The Economist informa que uma Segunda Revolução Verde está em andamento diante da queda da produtividade, principalmente do arroz, que ocorre em países asiáticos por diversos motivos. Novas variedades foram e estão sendo desenvolvidas pelo IRRI – International Rice Research Institute nas Filipinas com diferentes finalidades. Algumas delas são resistentes às inundações, outras às secas, às salinidades ou aos calores extremos, problemas enfrentados pelos pequenos e pobres produtores asiáticos cuja renda procuram elevar. Além de melhorar seus nutrientes.

YOKOTA, P. Carta Capital, 19 maio de 2014. Adaptado.

No âmbito da produção agropecuária, o texto pode ser considerado como um indicativo do principal entre os objetivos da revolução verde, que é:

a) a geração de lucro para institutos de pesquisas agrícolas

b) o incremento da mão de obra no campo com o aumento da produtividade

c) produzir mais alimentos para combater a fome no mundo

d) garantir a variabilidade das espécias cultivadas no campo

e) incentivar a prática da agricultura orgânica alternativa

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