Satélites Artificiais

Um satélite artificial é um equipamento ou engenho construído pelo homem e, dependendo da finalidade, desloca-se em órbita da Terra ou de outro astro.

O que são os satélites artificiais? Antes de delimitar sobre, é preciso entender o que é um satélite em seu conceito mínimo. É chamado de satélite todo objeto que gira em torno de outro objeto. Ele é classificado em dois tipos: satélite natural e satélite artificial.

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O que são satélites artificiais?

Em astronomia, um exemplo de satélite natural é a Lua, pois ela gira em torno da Terra. Já satélites artificiais, como o próprio nome diz, são equipamentos ou engenhos construídos pelo homem e, dependendo da finalidade, deslocam-se em órbita da Terra ou de outro astro. A órbita é o caminho que o satélite percorre.

Os satélite artificiais permanecem em órbita devido à aceleração da gravidade da Terra e à velocidade em que ele se desloca no espaço, a qual depende da altitude da sua órbita. Assim, por exemplo, a velocidade de um satélite artificial em uma órbita a 800 quilômetros de altitude da Terra é de cerca de 26.000 quilômetros por hora.

Imagem: Reprodução

Um satélite artificial é colocado em órbita por meio de um veículo lançador: o foguete

Composição dos satélites artificiais

Um programa completo de desenvolvimento de um satélite envolve, além do próprio satélite, o foguete lançador e o segmento solo, que tem a função de supervisionar o funcionamento do satélite, controlar seu deslocamento na órbita predefinida e a recepção dos dados enviados por ele.

O satélite normalmente é composto de três grandes partes:

  • 1. a plataforma, que contém todos os equipamentos para o funcionamento do satélite;
  • 2. o painel solar, para o suprimento de sua energia;
  • 3. a carga útil, os equipamentos (antenas, sensores, transmissores) necessários para o cumprimento da sua missão.
Imagem: Reprodução

As formas mais comuns de satélite (plataforma) são em cubo e em cilindro. O tamanho varia de 1 metro a 5 metros de comprimento e o peso, de 500 quilos a 3.000 quilos.

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Assim como outras plataformas, veículos e equipamentos eletrônicos, os satélites necessitam de energia elétrica para o seu funcionamento. Se os satélites utilizassem apenas baterias para o suprimento de energia, quando essas se descarregassem eles parariam de funcionar.

Para solucionar esse problema, grande parte dos satélites é equipada com painéis solares, os quais permitem converter a energia solar em energia elétrica. O painel solar é uma grande placa recoberta com pequenas lâminas chamadas de células solares.

Essas células absorvem a luz solar e produzem a eletricidade, que é fornecida para o satélite por meio de fios elétricos. A quantidade de energia gerada por um painel solar depende do seu tamanho e de sua distância em relação ao Sol.

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Assim, quanto maior for a placa e mais próximo do Sol estiver, maior será a quantidade de energia gerada pelo painel.

A finalidade dos satélites artificiais

Os satélites artificiais são construídos para diferentes finalidades como telecomunicação, espionagem, experimento científico − nas áreas de astronomia e astrofísica; geofísica espacial; planetologia; ciências da terra, atmosfera e clima − meteorologia e sensoriamento remoto.

Existem também os satélites de Posicionamento Global (GPS) que giram em órbitas altas (20.200 quilômetros de altitude) e são importantes na navegação terrestre, aérea e marítima, além de ajudar na localização de pessoas, objetos e lugares.

Os satélites de comunicação e os meteorológicos giram em órbitas geoestacionárias, muito distantes da Terra, a cerca de 36.000 quilômetros de altitude. Esse tipo de órbita é apropriado para esses satélites, pois permite manter sua antena apontada sempre para uma mesma região da Terra e assim captar e transmitir dados com grande freqüência e de extensas áreas.

Imagem: Reprodução

Esses satélites de comunicação possibilitam transmitir milhões de chamadas telefônicas, mensagens e informações pela internet em tempo real para todas as partes do mundo.

Dos satélites meteorológicos é possível obter imagens da cobertura de nuvens sobre a Terra, por meio das quais observamos fenômenos meteorológicos como, por exemplo, frentes frias, geadas, furacões e ciclones. A previsão desses fenômenos pode salvar milhares de vidas.

Dados de satélites meteorológicos também permitem a quantificação dos fenômenos associados às mudanças climáticas.

Quando foi lançado o primeiro satélite?

O primeiro satélite foi posto em órbita pela União Soviética em 1957. O Sputnik I tinha massa de aproximadamente 83 kg e não possuía uma função específica, apenas transmitia um sinal que podia ser percebido como um “beep” por meio de um rádio.

Imagem: Reprodução

O primeiro satélite brasileiro foi projetado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e lançado em 1993. O SCD-1 fornece dados meteorológicos e, em 2011, completou 94.994 voltas ao redor da Terra.

Referências

Nasa.gov

Os satélites e suas aplicações – Tereza Galloti Florenzano

Luana Bernardes
Por Luana Bernardes

Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.

Como referenciar este conteúdo

Bernardes, Luana. Satélites Artificiais. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/satelites-artificiais. Acesso em: 25 de April de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [CEFET]: Dois satélites artificiais giram em torno da Terra em órbitas de mesma altura. O primeiro tem massa m1, e o segundo, massa 3m1. Se o primeiro tem período de 6 h, o período do outro será, em horas, igual a:

a) 18

b) 2

c) 6

d) 6√3

e) 3√2

 

 

02. [UFSC]: Sobre as leis de Kepler, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s) para o sistema solar.

(01) O valor da velocidade de revolução da Terra em torno do Sol, quando sua trajetória está mais próxima do Sol, é maior do que quando está mais afastada dele.

(02) Os planetas mais afastados do Sol têm um período de revolução em torno dele maior que os mais próximos.

(04) Os planetas de maior massa levam mais tempo para dar uma volta em torno do Sol, devido à sua inércia.

(08) O Sol está situado em um dos focos da órbita elíptica de um dado planeta.

(16) Quanto maior for o período de rotação de um dado planeta, maior será o seu período de revolução em torno do Sol.

(32) No caso especial da Terra, a órbita é exatamente uma circunferência.

01. [CEFET]

Resposta: C

O período orbital depende apenas da altura da órbita. Como os dois satélites apresentam órbitas de mesma altura, seus períodos devem ser iguais. O período não depende da massa.

 

02. [UFSC]

Resposta: 01 + 02 + 08 = 11

(01) Verdadeira. De acordo com a segunda lei de Kepler, o segmento de reta traçado pelo Sol até qualquer planeta varre áreas iguais em intervalos de tempos iguais. Portanto, para que isso seja verdade, quando a distância até o sol é menor, a velocidade dos planetas é maior.

(02) Verdadeira, pois a 3ª Lei de Kepler diz que os períodos dependem das distâncias dos planetas ao Sol. Assim, conforme a distância, os períodos aumentam.

(04) Falsa, pois os períodos não dependem das massas.

(08) Verdadeira. De acordo com a primeira Lei de Kepler, os planetas movem-se em órbitas elípticas e o Sol está localizado em um dos focos.

(16) Falsa. Os movimentos de rotação e translação não dependem um do outro.

(32) Falsa. O movimento da Terra ao redor do Sol possui uma pequena excentricidade.

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