MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é um movimento social que emergiu no ano de 1984. Um pouco antes do período de redemocratização no país, movimentações davam indícios às exigências dos integrantes.

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Basicamente as reivindicações do MST abordam a reforma agrária no Brasil. Além disso, a distribuição de terras – com fim do latifúndio – e o incentivo à agricultura familiar são alguns dos objetivos.

O tema da reforma agrária entra em pauta em virtude dos numerosos latifúndios característicos do Brasil enquanto Colônia. Após instauração da República, há o questionamento por parte de setores da população que não aprovavam o contínuo privilégio.

Foram estes questionamentos que desencadearam inúmeros movimentos sociais ao longo do país. Dentre eles, o MST começa a ter força com a redemocratização do país, em 1984.

O momento de redemocratização foi essencial para o estabelecimento do MST como movimento social. Suas táticas de organização de barricadas e ocupações em latifúndios seriam impraticáveis durante o regime militar.

Inclusive inúmeros movimentos tentavam a distribuição igualitária da terra no período ditatorial. No entanto, os militares que se encontravam no poder, impediam que a causa tomasse força.

O poder dos militares foi insuficiente. Após o fim do regime, inúmeros movimentos sociais se sobressaem, reivindicando questões suprimidas pela Ditadura.

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MST e seus objetivos

O MST, enquanto movimento social, luta pela reforma agrária, distribuição justa das terras e incentivo à agricultura ecológica. Sob críticas ao modelo de agroindústria (agronegócio), o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra vem na contra-mão.

Dessa forma, seus objetivos com as barricadas e ocupações são:

• Desapropriação de latifúndios sob propriedade de multinacionais;
• Fim dos latifundiários, sobretudo àqueles improdutivos;
• Delimitação para um área máxima como propriedade rural, sob controle e supervisão estatal;
• Luta por causas indígenas e quilombolas;
• Soberania alimentar com plantações visando abastecimento urbano e subsistência;
• Cobrança do ITR (Imposto Territorial Rural);
• Redução do êxodo rural, inchaço urbano e consequente melhoria na vida do campo;

Objetivos conquistados

Apesar de o MST não conquistar todos os objetivos ainda em luta, muitos foram conquistados. Mesmo que latifúndios ainda existam, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra conquistou:

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• Assentamento de 350 mil famílias até 2014;
• 8 mil latifúndios ocupados devidamente até 2014;
• Instituição de feiras alimentícias em zonas urbanas com alimentos cultivados em terras assentadas;
• Instituição de escolas de ensino fundamental e médio nos assentamentos;
• Ingresso às Universidades Federais sob cotas governamentais para cursos específicos (Medicina Veterinária, Zootecnia e derivados);

Organização do MST

Além de todas as conquistas e objetivos, o MST ainda se apresenta como um movimento que luta pelo fim dos assassinatos de trabalhadores rurais. Contudo, além disso, a exigência para que haja punições para estes crimes.

Desde o ano de 1984, o movimento apresenta uma organização através de assembleias e congressos organizados constantemente. Geralmente, estes são organizados nos próprios assentamentos, ouvindo cada um dos integrantes – todos com direito ao voto.

O MST se sustenta por meio de algumas ONG’s, as quais apoiam as causas defendidas pelo movimento. Com o objetivo de implantar a reforma agrária no país, muitos já assentados contribuem para com os que, por hora, não conquistaram a desejada terra.

Referências