Agronegócio

O Agronegócio faz referência a todas as formas de atividades de manufatura de produtos ou subprodutos ligados à agricultura.

O Agronegócio é o setor que realiza a manufatura de produtos ou subprodutos oriundos da agricultura. É um dos principais setores que promovem a economia brasileira de forma exponencial, aliando práticas rurais e urbanas.

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Por definição, o agronegócio (em tradução a agrobusiness) denomina uma terminologia que faz referência à produção agropecuária. Dentro de uma contextualização geográfica, incluem-se os serviços que cercam estas práticas.

Tais práticas referem-se aos serviços, passando pelas técnicas até os equipamentos. Inter-relacionando-se para a produção, seja por meios diretos ou indiretos.

Posto isso, este setor é um veículo de enriquecimento para a economia, sobretudo a brasileira. Dessa forma, o ramo comporta as seguintes cadeias de atividades:

  • Produção agrícola (café, algodão, pecuária, soja e etc);
  • Adubos e fertilizantes produzidos em grande escala;
  • Expansão, pesquisa e produção de máquinas agrícolas;
  • Industrializações de produtos oriundos do próprio campo (óleos – soja e milho –, cigarros – tabaco e fumo – e café);
  • Tecnologias a serem incrementadas nas atividades do campo;

Focando-se no último apontamento das atividades, engana-se quem pensa que o agronegócio restringe-se ao campo. Ele também adentra ao meio urbano, sendo um promotor de atividades rurais que otimizam o funcionamento das cidades.

Isso se deve ao fato de que, conforme há evolução no setor, há uma modernização, principalmente do maquinário utilizado. Consequentemente, uma dependência dos setores industriais oriundos das cidades.

Assim, percebe-se uma condição cíclica que inter-relaciona todos os setores da economia: i) primário com o agronegócio/agropecuária; ii) secundário com indústria de tecnologia; iii) terciário provindo do transporte e comercialização de produtos/subprotudos.

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agronegócio
(Imagem: Reprodução)

Agronegócio como um processo

O agronegócio, como supracitado, não se restringe às atividades no setor agropecuário. Ele é, como definem os especialistas, um processo de produção e pós-produção.

Nesse meio há incontáveis séries de tecnologias (que evoluem constantemente) como forma de alavancar os níveis de produção. Para isso, no entanto, basta o fornecimento do capital de investimento de terceiros.

Deste modo, há diversos outros setores econômicos que atuam diretamente no alavanque do agronegócio, tais como:

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  • Bancos, fornecendo créditos com juros abaixo do mercado;
  • Indústrias de consumo (fertilizantes, inseticidas e agrotóxicos);
  • Indústria automotiva (tratores);
  • Indústria farmacêutica (vacinas);

Após este processo primário, realizam-se as transformações dos produtos primários em subprotudos que se alocam nas produções de alimentos. Entre estas áreas encontram-se os frigoríficos, os enlatados, os biocombustíveis e etc.

Dessa forma, a agropecuária está diretamente interligada à agroindústria, que posteriormente, está ligada ao cotidiano social. Isso se estende ainda dos alimentos, vigorando as matérias-primas da indústria têxtil (algodão), móveis (madeira) e higiene (gordura).

O agronegócio: embate entre ruralistas e ambientalistas

Numa última posição, há os contextos de embate entre a bancada ruralista e ambientalista no meio político. Ao envolver o desmatamento, apropriação e o subsídios de terras, o conflito se estende, sobretudo ao envolver a Amazônia.

Nesse contexto político, surgem os ruralistas e os ambientalistas. Os ruralistas são acusados de expansão desenfreada para cultivação de terras impróprias e protegidas. Já os ambientalistas defendem as reservas ecológicas e indígenas.

Além disso, os ruralistas (inseridos no agronegócio) são acusados do envolvimento no cultivo de áreas protegidas. Mas, muito além disso, de poluição das águas que abastecem cidades.

Em suma, o agronegócio apresenta seu lado positivo, mas ainda obscura. Uma vez que questiona-se até onde a ética é garantida em prol do crescimento econômico e sacrifício de áreas verdes.

Referências

Fundamentos de Agronegócios – Massilon J Araújo

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Agronegócio. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/agronegocio. Acesso em: 28 de March de 2024.

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01. [ENEM]

Texto I

A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas.

Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).

Texto II

O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária.

LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolítico.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).

Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à

a) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.

b) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.

c) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.

d) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.

e) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.

 

02. [UEG] A finalidade primordial da agricultura é a produção de alimentos. Todavia, apesar dos avanços e das conquistas tecnológicas, o número de famintos no mundo continua alto. Com relação a esse tema, é correto afirmar:

a) a fome no mundo deve-se mais a fatores relacionados às condições naturais adversas, como secas prolongadas, excesso de chuvas, pobreza do solo, entre outras.

b) a existência da fome no mundo é reflexo do preço elevado dos alimentos, da falta de acesso à terra, do controle das multinacionais no mercado agrícola, entre outras causas.

c) a modernização da agricultura gerou oferta recorde e excedente de alimentos para alimentar toda a humanidade, debelando, assim, a fome nos países pobres.

d) nos países subdesenvolvidos, nos quais a principal atividade econômica é a agropecuária, o problema da fome é menor devido à produção de alimentos básicos.

01. [E]

02. [B]

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