Exoplanetas

Exoplanetas são planetas que orbitam estrelas que não sejam o Sol.

Exoplanetas são planetas que orbitam uma dada estrela distante do Sistema Solar. Dessa forma, qualquer planeta que esteja em órbita de outra estrela, à exceção do Sol, será um exoplaneta; um planeta que seja identificado em outro sistema de formação planetária, que não o solar.

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Os exoplanetas – assim como os próprios planetas do sistema solar – tratam-se de subprodutos de formações (explosões) estelares. São originados a partir dos restos que formavam nuvens de gás e poeira ,oriundos das explosões estelares.

Tal como as estrelas, os exoplanetas são objetos bastante abundantes no Universo. Sendo comparável aos mais diversos corpos celestes que habitam a imensidão escura, estes planetas extra-solar podem acolher a companhia terrestre.

Tendo em vista o grande número de planetas existentes no Sistema Solar, é possível que estes exoplanetas apresentem variadas características. Tamanhos diferentes, massas variadas e composições distintas. Outras composições químicas, formados por terreno maciço de rochas ou ainda gigantes “bolhas gasosas”.

exoplanetas
(Imagem: Reprodução)

Identificando exoplanetas

Mesmo que sejam abundantes, é complexo para a ciência identificá-los. Isso porque são, em sua maioria, encontrados através de indicativos indiretos. Mas como isso é possível? Há algumas maneiras de identificar os exoplanetas, tal como:

  • Por meio do método de trânsito. Este método detecta variação luminosa provocada por um exoplaneta ao transitar ao longo da estrela hospedeira;
  • Por meio da Astrometria. Este método consiste em detectar as oscilações na posição do astro hospedeiro – o qual é sempre mínimo.
  • Por meio da Velocidade Radial. Calcula-se, então, a distância que uma determinada estrela observada se afasta da Terra – usada como ponto de medida.

As técnicas de trânsito e velocidade radial correspondem a 95% das detecções de exoplanetas. No entanto, apesar do desenvolvimento das mesmas, ainda torna-se muito difícil detectar os planetas extra-solares. Uma vez que a distância não auxilia na percepção e, ainda, trata-se de medidas indiretas de detecção.

Da primeira detecção ao desenvolvimento

No ano de 1995 foi identificada e confirmada a localização do primeiro exoplaneta. Vários instrumentos, técnicas e recursos foram utilizados para essa busca, identificação e precisão. Os telescópios de Hubble e Spitzer, bem como o próprio satélite CoRoT foram utilizados. Estes, inclusive, foram os responsáveis por detectar centenas de exoplanetas na primeira década do século XXI.

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Contudo, foi com o telescópio espacial Kepler, lançado em 2009, que as barreiras espaciais foram postas abaixo. Com a grande invenção da NASA, 70% de todos os exoplanetas foram, enfim, descobertos e confirmados.

Atualmente, quase 4000 exoplanetas já foram confirmados, validados e certficados. Nestes, cerca de 2800 sistema planetários foram igualmente definidos e pesquisados. Além dos quase 4000 já confirmados, cerca de outros 5000 aguardam a confirmação como candidatas. A probabilidade para confirmação ao adentrar a lista de espera gira em torno dos 80% a 90%.

Não demorará muito tempo até que os exoplanetas na lista componham os dezenas de milhares já contabilizados. A importância destes exoplanetas diz respeito ao fato de poderem quebrar a solidão humana/terrestre. Uma vez descobertos, estes planetas são analisados para verificação da possibilidade de conter vida em sua superfície. Suas identificações, portanto, aproximam a ciência da descoberta mais estimulante do século: a possibilidade de existir vida em outros corpos extraterrestres.

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Referências

Exoplanetas – Álvaro Giménez Cañete

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Exoplanetas. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/fisica/exoplanetas. Acesso em: 25 de April de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [UFT-TO] Equipe de cientistas descobre o primeiro exoplaneta habitável.

O primeiro exoplaneta habitável foi encontrado depois de observações que duraram 11 anos, utilizando uma mistura de técnicas avançadas e telescópios convencionais. A equipe descobriu mais dois exoplanetas orbitando em volta da estrela Gliese 581.

O mais interessante dos dois exoplanetas descobertos é o Gliese 581g, com uma massa três vezes superior à da Terra e um período orbital (tempo que o planeta leva para dar uma volta completa em torno de sua estrela) inferior a 37 dias. O raio da órbita do Gliese 581g é igual à 20% do raio da órbita da Terra, enquanto sua velocidade orbital é 50% maior que a velocidade orbital da Terra. O Gliese 581g está “preso” à estrela, o que significa que um lado do planeta recebe luz constantemente, enquanto o outro é de perpétua escuridão. A zona mais habitável na superfície do exoplaneta seria a linha entre a sombra e a luz, com temperaturas caindo em direção à sombra e subindo em direção à luz. A temperatura média varia entre -31ºC e -12ºC, mas as temperaturas reais podem ser muito maiores na região de frente para a estrela (até 70 ºC) e muito menores na região contrária (até -40ºC). A gravidade no Gleise 581g é semelhante à da Terra, o que significa que um ser humano conseguiria andar sem dificuldades.

Os cientistas acreditam que o número de exoplanetas potencialmente habitáveis na Via Láctea pode chegar a 20%, dada a facilidade com que Gliese 581g foi descoberto. Se fossem raros, dizem os astrônomos, eles não teriam encontrado um tão rápido e tão próximo. No entanto, ainda vai demorar muito até que o homem consiga sair da Terra e comece a colonizar outros planetas fora do sistema solar”.

Considerando as órbitas do Gliese 581g e da Terra circulares com movimento uniforme, leia os itens abaixo:

I. Para que a aceleração gravitacional na superfície do Gliese 581g tenha valor igual à aceleração gravitacional na superfície da Terra, o raio do Gliese 581g deve ser menor do que o raio da Terra.

II. A massa da estrela em torno da qual o Gliese 581g orbita é inferior à metade da massa do Sol.

III. O Gliese 581g gira em torno de seu próprio eixo com a mesma velocidade angular com que orbita a sua estrela.

IV. A velocidade angular com que o Gliese 581g orbita sua estrela é menor do que a velocidade angular com que a terra orbita o Sol.

Marque a opção CORRETA:

a) I e III são verdadeiras

b) I e II são verdadeiras

c) II e III são verdadeiras

d) III e IV são verdadeiras

e) II e IV são verdadeiras

01. [C]

Aceleração da gravidade  —  gT=GMT/RT2  —  gT=G80ML/(4RL)2  —  gL=G.ML/RL2  —  gT/gL=G80ML/16RL2 x RL2/GML  — gT= 5gL  —  período  —  TT=2π√l/gT=2π√l/√5.√g  —  TL=2π√l/√g  —  TT/TL=1/√5  —  R- A

Do enunciado  —  MG=3MT  —  rG=0,2rT  —  T=37 dias  —  VG=0,5VT  —  r (raio da órbita)  —  R (raio do planeta)

I. Falsa  —  gG=GMG/RG2=G3MT/RG2  —  gT=GMT/RT2  —  gG=g­T  —  3GMT/RG2=GMT/RT2  —  3/RG2=1/RT2  —  RG=√3.RT  —

RG=1,73RT (deve ser 1,73 vezes maior).

II. Verdadeira  —  velocidade orbital  —  V=√GM/r  —  V2=GM/r  —  rG – distância de Gleese 581g à estrela  —  rT  —  distância da Terra ao Sol  —  velocidade orbital de Gleese 581g  —  VG2=GMestrela/rG  —  (0,5VT)2=GMestrela/0,2rT  —  0,25VT2=GMestrela/0,2rT  —  VT2=GMestrela/0,05rT (I)  — velocidade orbital da Terra  —  VT2=GMSol/rT (II)  —  igualando (I) com (II)  —  GMestrela/0,05rT=GMSol/rT  —  Mestrela=0,05MSol=5%MSol (menos que a metade).

III. Correta  —  uma face é sempre clara e a outra sempre escura.

IV. Falsa  —  W=V/r  —  WG=VG/rG=0,5VT/0,2rT  —  WG=2,5VT/rT  —  WG=2,5WT (é maior)

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