Tipos Sanguíneos

A tipagem sanguínea é usada para estabelecer qual é o tipo sanguíneo e o fator Rh, se é positivo ou negativo) de um indivíduo. O procedimento é muito usado, principalmente em transfusões sanguíneas e nos centros de homoterapia. O teste tem como princípio básico do teste é a aglutinação, que pode ser observada a olho nu, podendo ser realizado em lâmina ou em tubo de ensaio. É feita uma preparação de suspensão dos glóbulos vermelhos, e então é inserida uma gota de reagente na lâmina. Depois, adiciona-se uma gota da suspensão de hemácias e mistura-se os dois em uma pequena área da lâmina. O que deve se observar neste teste é a formação ou não do coágulo. As hemácias que possuem o antígeno A aglutinam-se quando há a presença do anti-A, enquanto as hemácias que possuem o antígeno B, aglutinam-se quando há a presença do anti-B. Quando ocorre a aglutinação nos dois tipos, o sangue será AB, e quando não ocorrer com os dois, o tipo é O.

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História dos Tipos Sanguíneos e o Doador Universal

Foram muitas as tentativas de transfusão de sangue no decorrer dos anos, quando havia casos de intensa perda de sangue em cirurgias ou acidentes, por exemplo. Algumas vezes tinham sucesso, em outras não, e por não saberem a causa que começou-se a estudar mais a fundo essa questão. No começo do século XX, Karl Landsteiner comprovou que os sangues não eram bioquimicamente iguais, verificando que algumas amostras aglutinavam ou dissolviam as hemácias quando recebiam outra amostra de sangue.

Realizando mais estudos, ele descobriu que havia a presença de alguns antígenos anexos na superfície de algumas hemácias, que atraiam anticorpos específicos que as destruíam. Descobriu, então, dois antígenos, que acarretaram na descoberta de dois tipos sanguíneos que foram denominados por ele A e B. Ele concluiu, então, que quando havia transfusões mal sucedidas, os tipos eram incompatíveis, e acabavam levando o indivíduo à morte. O terceiro tipo sanguíneo que ele descobriu, denominou como zero, e percebeu que não carregava nenhum antígeno. Esse tipo, pela grafia, ficou conhecido como O. O sangue do tipo O, por não ter antígenos, era bem recebido por todas as tipagens, sendo, portanto, conhecido como o doador universal. Da mesma forma, percebeu que uma das amostragens possuía os dois antígenos, e por isso ficou conhecida como tipagem AB.

Tipos sanguíneos

O corpo humano possui, normalmente, um volume sanguíneo aproximado de 70 ml/kg de peso corporal, quando em indivíduos adultos, e 80ml/kg para crianças. Os adultos, nessa proporção, possuem aproximadamente 4.900 ml de sangue no corpo. O sangue é de extrema importância para o organismo, podendo causar a morte quando há uma perda muito grande, denominada hemorragia.

Chamamos de tipo sanguíneo, o agrupamento sanguíneo humano. Os tipos mais importantes são A, B, AB e O, que podem ser Rh positivo ou Rh negativo.

Vimos, então, que existe o sangue do tipo A, que é o mais comum e possui anticorpos do tipo B, podendo, portanto, o indivíduo com sangue A receber somente sangue de pessoas do tipo A ou O; sangue do tipo B, que é um dos mais raros, e contém anticorpos do tipo A, podendo, portanto, somente receber sangue de pessoas do tipo B ou O; O sangue do tipo AB, que também é bastante raro, que é conhecido como receptor universal, podendo receber sangue de todos os tipos; e por fim, o sangue do tipo O, que está entre os comuns, conhecido como doador universal, e contém anticorpos A e B, podendo receber somente sangue de pessoas do tipo O.

O fator Rh é o que determina se o sangue é positivo ou negativo, e isso influencia na compatibilidade sanguínea. Pessoas com sangue positivo podem receber de pessoas com qualquer Rh, enquanto de Rh negativo podem receber somente negativo.

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Referências