A raiva é uma doença transmitida do animal para o homem, sendo, portanto, uma zoonose. Causada por um vírus, os humanos são infectados pela enfermidade ao entrarem em contato com a saliva de animais acometidos pelo vírus.
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A transmissão da raiva pode ocorrer por vários motivos, sendo mordidas, arranhões e até mesmo lambidas. Basta que o animal seja portador do vírus, que, após contato direto co a saliva, a transmissão se torna potencial.
O que é a raiva?
A raiva é uma doença infecciosa ocasionada pelo vírus Lyssavirus, cuja família é a Rhabdoviridae. Cerca de 100% dos pacientes infectados vão a óbito, fazendo da raiva uma doença de alto risco.
O vírus causa impactos negativos no sistema nervoso central. Ocasiona-se na região uma encefalite – inflamação no cérebro, que provoca inchaço. Geralmente a evolução da doença é rápida e letal.
Transmissão
A transmissão da raiva se dá pelo contato com a saliva dos animais infectados pelo vírus. A passagem do vírus se dá, majoritariamente, através de mordidas de animais, porém, podem se dar também por arranhões e lambidas.
Há variação no período de incubação do vírus de acordo com cada espécie. O período varia segundo extensão, profundidade, contato e localização da transmissão do vírus.
A eliminação do vírus por cães e gatos através da saliva se dá entre dois a cinco dias que antecedem o aparecimento dos sintomas. A morte do animal é rápida, no máximo uma semana após primeira manifestação dos sintomas.
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Sintomas
Ao entrar no organismo, o vírus faz um caminho por todas as regiões do sistema nervoso central. Na região do sistema nervoso periférico, a multiplicação se dá de forma mais lente, quando os sintomas definitivamente surgem no organismo.
Entre eles estão:
- Bipolaridade comportamental repentina;
- Confusão mental e tontura;
- Desorientação geográfica;
- Alucinações constantes.
- Agressividade aguda;
- Espasmos musculares no contato com água ou vento;
- Hidrofobia;
- Mal-estar e fadiga;
- Picos de febre repentinos;
- Enjoos e náuseas;
- Dores na garganta;
Diagnóstico e prevenção
Após primeira avaliação, os sintomas da raiva podem ser facilmente confundidos com outras doenças mais simples. É fundamental deixar claro o contato com animal de estimação, mesmo que não haja a mordida.
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O que certifica a raiva presente no organismo é a confirmação de exames em laboratório. O método é a imunofluorescência direta, sob impressão de córnea, raspar mucosa lingual ou ainda biópsia da derme na região cervical.
Existem formas básicas para prevenir a raiva. Entre elas estão:
- Evitar contatos com animais desconhecidos;
- Vacinação dos animais da residência;
- Vacina antirrábica;
- Prevenir entrada de morcegos;
- Não interagir com animais selvagens;
Caso exista contato com algum animal desconhecido ou selvagem, é fundamental a limpeza da região com água corrente e sabão. Procurar o médico mais próximo se torna igualmente imprescindível ao paciente que pode estar portando o vírus da raiva.
Referências
JUNQUEIRA, C. Luiz e CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular, Editora Guanabara/Koogan, 8ª edição. 2005, 332 p.
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Raiva. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/raiva. Acesso em: 19 de April de 2024.