Malária

A doença infecciosa febril aguda transmitida pelo mosquito fêmea Anopheles, que está infectado por Plasmodium, é denominada Malária. A transmissão se dá a partir do mosquito, após a picada, e no Brasil são três espécies de mosquitos que estão diretamente relacionadas com a transmissão da malária: P. vivax, P. falciparum e P. malariae.

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Quando o mosquito está infectado pelos protozoários Plasmodium e pica o ser humano, este recebe o protozoário em seu sangue, mas existe ainda uma outra forma de transmissão, mais rara, que ocorre por meio do contato do sangue de um indivíduo infectado com outra pessoa sadia. Isso pode ocorrer com o compartilhamento de seringas entre usuários de drogas, durante uma transfusão de sangue, ou ainda da mãe para o feto durante a gestação.

O risco de contaminação em cidades que estão localizadas em altitudes superiores a 1500 metros, a contaminação, entretanto, é muito mais baixa do que em outras localidades, pois o mosquito já não é tão presente. A transmissão é bastante comum em áreas urbanas, principalmente em periferias, e os mosquitos transmissores apresentam maior atividade no período noturno, desde o crepúsculo até o amanhecer. O mosquito, entretanto, somente sobrevive em regiões onde a temperatura mínima é superior a 15°C, e atinge seu auge para a transmissão da doença nas localidades onde a temperatura média está entre 20°C e 30°C.

Sintomas da Malária

Entre os sintomas mais comuns da doença, encontramos aumento do baço, taquicardia, dores musculares e de cabeça, além de calafrios e uma febre bastante alta que, de início, é contínua, e depois passa a ter frequência a cada três dias. Em alguns casos, os pacientes podem apresentar delírios. Além disso, com a infecção por P. falciparum, pode existir a possibilidade, de um em cada dez casos, de desenvolver a malária cerebral, que é responsável por 80% das mortes em decorrência de malária. Outros sintomas que podem aparecer em um paciente infectado são vômitos, convulsões, sonolência ou excitação, desorientação, perturbações sensoriais e ligeira rigidez na nuca, podendo, ainda, em alguns casos, chegar o paciente a entrar em coma.

Como é feito o tratamento?

Existe um Manual de Terapêutica da Malária, que foi editado pelo Ministério da Saúde, orientando que seja examinado a espécie de plasmódio com a qual está contaminado, variando, portanto, os medicamentos usados no tratamento. Além disso, é preciso analisar a gravidade da doença e o seu avanço, já que medicamentos injetáveis apresentam uma ação mais rápida nos parasitas, diminuindo as chances de haver casos letais. Os medicamentos mais usados para o tratamento são Clordox e Doxiciclina, mas de forma alguma o paciente deve buscar medicação sem passar por exames, pois somente o médico saberá analisar o caso para que seja feita a dosagem e a duração correta do tratamento.

Como prevenir a malária?

A doença pode ser prevenida por meio de uso de mosquiteiros, que podem ou não conter inseticidas, além de roupas que protejam as pernas e os braços. Outra forma de evitar o contato com o mosquito, é fazer uso de repelentes e colocar telas em portas e janelas da casa.

Existem, entretanto, formas de prevenir a proliferação do mosquito, como por meio de drenagem, uso racional da terra, melhoramento de condições de moradia e de trabalho dos indivíduos, controle da vegetação aquática, modificação do fluxo das águas, limpeza em margens de criadouros, aterros sanitários, além de outras obras que auxiliem a eliminação de criadouros do mosquito, que se põe seus ovos na água.

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