Doença de Chagas

A Doença de Chagas é causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi, sendo uma doença infecciosa que é adquirida através da entrada do Trypanosoma no sangue das pessoas a partir de ferimentos causados por insetos. Estes, são os populares barbeiros ou chupões, os triatomas. O protozoário causador da doença foi descoberto por Carlos Chagas, recebendo o nome em homenagem ao epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz, descobridor da doença.

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Bastante comum em países subdesenvolvidos, a doença de chagas apresenta estimativas de infectados em aproximadamente 12 milhões, sendo a média de mortes anuais em 50 mil, só nas Américas.

Transmissão da Doença de Chagas

Trata-se de uma doença de contágio indireto, sendo, portanto, necessário um vetor para a transmissão. Estes são os barbeiros, que se alimentam de sangue de animais e humanos, contaminando-se com o parasita ao sugarem sangue de animais mamíferos infectados, passando a transmitir a doença. O inseto possui hábitos noturnos, saindo somente durante a noite para procurar por alimentos. Ao sugar o sangue da vítima, o inseto defeca na pele eliminando os protozoários, que penetram na pele e caem na corrente sanguínea. Outra forma de transmissão é através do sangue contaminado, ou ainda durante a gestação, quando a mãe passa o protozoário para o filho.

Existe ainda uma forma menos comum de contaminação, a partir da alimentação. Isso quando os alimentos ingeridos estão contaminados com o vetor, ou ainda com os dejetos triturados, como foi o caso da contaminação do caldo de cana anos atrás.

Sintomas da doença

Os sintomas da doença não se mostram de forma muito aparente na fase aguda da doença. Quando presentes, começam a aparecer entre 5 e 14 dias após a picada, ou ainda de 30 a 40 dias quando se tratar de infecção por transfusão sanguínea.

Quando na fase crônica,m os sintomas somente passarão a se manifestar em torno de 20 a 40 anos após a infecção original, e envolvem febre, mal estar, inflamação dos gânglios linfáticos, bem como hepatoesplenomegalia, que nada mais é do que o aumento do fígado e do baço. As lesões cardíacas, por sua vez, como o aumento do tamanho do coração ou ainda as alterações no ritmo cardíaco, são mais comuns durante a fase crônica sintomática.

O diagnóstico e o tratamento

Para realização do diagnóstico, é preciso realizar a coleta de sangue para a visualização do parasita, ou ainda a detecção de anticorpos no soro, mas existem testes moleculares que permitem a confirmação da doença em qualquer uma de suas fases. O tratamento é feito com um medicamento distribuído pelo SUS em casos agudos e crônicos, o benzonidazol, mas ainda não existem garantias da eficácia. É preciso tomar cuidados no que tange à alimentação, bem assim realizar acompanhamento médico contínuo para retardar a evolução da doença.

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Referências