Eu lírico, Alterego e Pseudônimo

O Eu lírico, alterego e pseudônimos são diferentes denominações dentro do meio literárioNa literatura, diversos são os recursos usados pelos autores para esconderem-se em suas obras, seja como personagens, ou ainda atribuindo suas obras a outros autores, fictícios, criados por eles. Eu lírico, Alterego e Pseudônimo serão as formas explicadas a seguir.

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Definindo e diferenciando o eu lírico, alterego e pseudônimo

Todos recursos literários utilizados como um “disfarce” pelo escritor. Seja eu lírico, alterego e pseudônimo, o objetivo será findado em utilizar uma máscara para transportar, em grande parte dos casos, a personalidade do autor a uma história fictícia (ou vice-versa).

Eu lírico

O Eu Lírico, também chamado de Sujeito Lírico, ou ainda Eu Poético, nada mais é do que um conceito usado para designar a voz que se manifesta em poesias. Essa voz, criada pelo poeta, apresenta as reflexões, sentimentos, sensações e emoções de um sujeito fictício, e o discurso é em primeira pessoa, como o nome sugere.

O Eu Lírico, entretanto, não deve ser confundido com os heteronômios, que são pessoas inventadas pelo poeta, possuindo uma personalidade própria, assinando, portanto, os poemas. Fernando Pessoa, por exemplo, tem como heteronômios mais famosos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Ainda que os poemas tenham sido escritos por Fernando Pessoa, os poemas carregam personalidades bastante distintas criadas pelo autor para cada heteronômio.

Alterego

Na literatura, descrevemos o alterego como um “outro eu”, ou seja, uma personalidade alternativa de alguém. Trata-se, portanto, de uma identidade oculta de uma pessoa fictícia, ou ainda um artifício usado pelos autores para revelar sua personalidade ou características na pele de um personagem, sendo feito de uma forma indireta e bastante discreta. Em uma análise mais profunda, poderíamos descobrir neste personagem muitas características reais de seu autor.

Encontramos, na literatura, diversos alter egos famosos e bastante interessantes, como o Batman, que é o alterego de Bruce Waynerr; Homem-Aranha, alterego de Peter Parker; Hulk, anterego de Bruce Banner; entre outros. Além disso, os heteronômios de Fernando pessoa podem ser alteregos, sendo Bernardo Soares e Álvaro de Campos as principais. Assim como Emília, que é alterego de Monteiro Lobato, entre outros.

Pseudônimo

Pseudônimo, por sua vez, segundo a definição do dicionário, significa “que assina com um nome suposto”, ou ainda “autor que escreve sob nome suposto”. J. K. Rowling, por exemplo, escritora britânica da famosa série Harry Potter, escreveu “O Chamado do Cuco”, sob o pseudônimo de Robert Galbraith.

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Normalmente os pseudônimos são adotados pelos escritores quando estes desejam esconder sua identificação. No caso de J. K. Rowling, segundo declarações da autora quando foi descoberta, a intenção era escrever livremente, sem julgamentos, sem avaliações e cobranças.

Um dos mais famosos casos de uso de pseudônimos foi do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, que era tido por muitos como machista e misógino, pois escrevia de forma ácida, investigando a essência da natureza do homem. Pelo mesmo motivo de J. K. Rowling, ele usou o pseudônimo de Suzana Flag para publicar folhetins entre os anos de 1944 e 1948, com personagens marcados pela inocência feminina, sob conceito de mocinho e vilão.

Dessa forma, o eu lírico, alterego e pseudônimo terão o mesmo fim, sob caminhos diferentes. Objetivos iguais alcançados de formas diferentes.

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Referências