Mortalidade Infantil

Existe uma série de problemas sociais que influenciam diretamente no aumento dessa taxa.

1. Como se define a mortalidade infantil?

Para conhecer o desenvolvimento de uma nação, é preciso analisar os dados relativos às taxas de mortalidade infantil. A Taxa de mortalidade infantil corresponde ao número de mortes de crianças antes do primeiro ano de vida. Portanto, como mortalidade infantil entende-se a soma dos óbitos ocorridos nos seguintes períodos: neonatal precoce (0-6 dias de vida), neonatal tardio (7-27 dias) e pós-neonatal (28 dias e mais).

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“A taxa de mortalidade infantil expressa o número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade em mil nascidas vivas num período anual.” (SILVA, 2013, p. 52)

2. Mortalidade infantil no Brasil e no mundo: causas e medidas adotadas

No Brasil, a mortalidade infantil teve uma redução bastante significativa, especialmente nas últimas duas décadas. Ainda na década de 1990 este índice era muito elevado, quando mais de 70 crianças morriam antes de completar seu primeiro ano de vida, em cada mil nascidos no período de um ano. Em 2012 esse número reduziu para 12.

Os índices de mortalidade infantil estão relacionados com as condições de vida da população, sendo que a principal causa das mortes de crianças no mundo ainda é a desnutrição. A segunda maior causadora dos óbitos é a diarreia, ocasionada pela péssima qualidade da alimentação e da água.

Diversos fatores têm influenciado para a melhoria das taxas, como o aumento do acesso ao saneamento básico, o que possibilita que as pessoas tenham água de melhor qualidade, além de deixarem de estar tão expostas aos perigos do esgoto a céu aberto. As quedas nas taxas de fecundidade e natalidade também são dados expressivos que explicam o decréscimo da mortalidade infantil. O grau de instrução das pessoas, bem como a inserção das mulheres no mercado de trabalho também contribuem para redução das mortes. Da mesma forma, os avanços no campo da Medicina, o acesso a métodos contraceptivos, o acompanhamento das gestantes e recém nascidos são fatores relevantes para contornar as altas taxas de mortes infantis.

No Brasil, os índices têm melhorado muito, mas em diversos outros países as taxas continuam elevadas, como mostra o gráfico abaixo, comparando os dados da década de 1990 e do ano de 2008.

Ilustração: Reprodução
Ilustração: Reprodução

As taxas de mortalidade mais baixas são registradas nos países mais desenvolvidos, como é o caso do Japão, da Noruega, da Islândia, Finlândia e da Suécia. Já as taxas mais altas são registradas nos locais mais pobres, como as nações africanas e algumas asiáticas. O Afeganistão continua sendo o país com as mais altas taxas de mortalidade infantil, registrando índices superiores aos 120 óbitos para cada mil nascidos vivos no período de um ano. Mesmo lá as taxas já reduziram, tendo alcançado seu auge entre os anos de 2004 e 2006, quando os índices passaram de 160 óbitos.

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No Brasil, as maiores taxas de mortalidade infantil são registradas na região Nordeste. As recentes políticas governamentais possibilitaram a redução dos índices, embora eles continuem ainda elevados em relação aos padrões ditos aceitáveis pela ONU (Organização das Nações Unidas). Os estados brasileiros com maiores taxas de mortalidade infantil são Alagoas e Maranhão. Enquanto as menores taxas são registradas nos estados do Sul.

Ilustração: Reprodução
Ilustração: Reprodução

A redução da mortalidade infantil envolve múltiplas medidas, desde as mais complexas até atitudes simples. A vacinação de gestantes e crianças é uma das medidas adotadas, bem como as instruções para evitar possíveis doenças. A conscientização sobre o aleitamento materno e a correta nutrição infantil são medidas também relevantes. Vários programas do Governo têm como meta a redução dos óbitos infantis, e medidas estão sendo adotadas para alcançar as metas propostas. Dentre as propostas da ONU para os Objetivos do Milênio, uma das medidas é a redução da taxa de mortalidade infantil.

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Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Indicadores e Dados Básicos – Brasil – 2012. IDB-2012. Disponível em: tabnet.datasus.gov.br
SILVA, Angela Côrrea da (Org.). Geografia: contextos e redes. São Paulo: Moderna, 2013.
SILVA, Edilson Adão Cândido da (Org.). Geografia em rede. São Paulo: FTD, 2013.

Luana Caroline
Por Luana Caroline

Mestre em Geografia (UNIOESTE); Licenciada em Geografia (UNIOESTE), Especialista em Neuropedagogia (ALFA-UMUARAMA) e Educação Profissional e Tecnológica (FACULDADE SÃO BRAZ).

Como referenciar este conteúdo

Künast Polon, Luana Caroline. Mortalidade Infantil. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/mortalidade-infantil. Acesso em: 26 de April de 2024.

Teste seu conhecimento

1. [UERJ/2004] A eliminação do trabalho infantil é um dos principais desafios para os países em desenvolvimento, pois tem impacto direto sobre os seguintes indicadores sociais:

a) redução do índice de analfabetismo e retração da mortalidade infantil
b) aumento da taxa de escolaridade e redução do crescimento populacional
c) aumento da taxa de crescimento populacional e elevação da renda per capita
d) elevação do índice de desenvolvimento humano e aumento da taxa de fecundidade

1. [A]

A eliminação do trabalho infantil é uma medida relevante para redução dos índices de analfabetismo, bem como de mortalidade infantil. A criança exposta ao trabalho vivencia maiores riscos de contaminação, acidentes e possíveis óbitos.

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