Uso dos Parênteses

Os parênteses são formas de pontuação que ajudam a organizar melhor as informações contidas em um texto, facilitando a leitura.

Usamos na língua portuguesa os sinais de pontuação como uma forma de melhorar a compreensão dos textos escritos. Os parênteses são ferramentas usadas para este fim, mas que acabam causando muita confusão nas pessoas. Confira abaixo em quais ocasiões podemos usar os parênteses:

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  1. Fazer comentário ou explicação: você pode adicionar uma informação entre parênteses como uma forma de fazer um comentário sobre o que está escrevendo. Por exemplo: A Ana (aquela que estudou comigo) fará aniversário amanhã; O Presidente da República (que na época era Lula) aprovou o decreto.
  2. Informações bibliográficas: podem ser usados ainda para adicionar informações bibliográficas, como o autor, nome da obra, ano de publicação, etc. Por exemplo: “Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais espetacular é sem dúvida, o livro. Os demais são extensões de sua visão; o telefone é a extensão de sua voz; em seguida, temos o arado e a espada, extensões de seu braço. O livro, porém, é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação” (Jorge Luís Borges. O livro. Humanidades, Brasília: Universidade de Brasília, v.1, n°1, p 15, Out./dez. 1982)”.
  3. Roteiros teatrais: pode ser usado em roteiros como uma forma de explicitar as ações dos personagens. Por exemplo:
    “João – Onde você foi, Maria?
    Maria – Fui até a padaria para comprar um sonho para você
    João – Mas eu não preciso disso, Maria, meu maior sonho eu já tenho: você!
    (Saem abraçados pela esquerda)”.
  4. Delimitar intercalações dentro de um período: São Paulo (maior cidade do Brasil) é uma metrópole de contrastes.
  5. Delimitar o período de vida de uma pessoa: Carlos Drummond de Andrade (1902-1986).
  6. Indicar possibilidades alternativas de leitura: Todos (as) os (as) alunos (as) devem trazer o material.
  7. A pontuação pode ficar interno ou externo aos parênteses, variando de acordo com o caso. Quando há uma frase completa nos parênteses, o ponto fica dentro: “Eu suponho (e tudo leva a crer que sim.) que o caso está encerrado.”; e quando não há, não precisa colocar a pontuação: “O rali começou em Lisboa (Portugal) e terminou em Dacar (Senegal).

    Referências

    Nova Gramática do Português Contemporâneo – C Cunha, LFL Cintra

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Uso dos Parênteses. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/portugues/uso-dos-parenteses. Acesso em: 29 de March de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [CS-UFG] Na sugestão de lanche para a segunda, o acréscimo entre parênteses significa que:

Imagem: Reprodução
a) Um pedaço de bolo é o permitido

b) O suco deve ser de laranja ou cenoura

c) O bolo pode ser de laranja ou de cenoura, ou pão de ló

d) O bolo simples é feito com laranja, cenoura e pão de ló.

02. [INAZ Pará] Toda cultura é particular. Não existe, nem pode existir uma cultura universal constituída. No nosso século, os antropólogos vivem ensinando isso a quem quiser aprender.

Tal como acontece com cada indivíduo, os grupos humanos, grandes ou pequenos, vão adquirindo e renovando, construindo, organizando e reorganizando, cada um a seu modo, os conhecimentos de que necessitam.

O movimento histórico da cultura consiste numa diversificação permanente. A cultura universal – que seria a cultura da Humanidade – depende dessa diversificação, quer dizer, depende da capacidade de cada cultura afirmar sua própria identidade, desenvolvendo suas características peculiares.

No entanto, as culturas particulares só conseguem mostrar sua riqueza, sua fecundidade, na relação de umas com as outras. E essa relação sempre comporta riscos.

Em condições de uma grande desigualdade de poder material, os grupos humanos mais poderosos podem causar graves danos e destruições fatais às culturas dos grupos mais fracos. (…)

Todos tendemos a considerar nossa cultura particular mais universal do que as outras. (…) Cada um de nós tem suas próprias convicções. (…)

Tanto indivíduos como grupos têm a possibilidade de se esforçar para incorporar às suas respectivas culturas elementos de culturas alheias. (…)

Apesar dos perigos da relação com as outras culturas (descaracterização, perda da identidade, morte), a cultura de cada pessoa, ou de cada grupo humano, é frequentemente mobilizada para tentativas de auto-relativização e de autoquestionamento, em função do desafio do diálogo.

Leandro Konder. O Globo, 02/08/98.

O último par de parênteses usados no texto se justifica para:

a) exemplificar
b) concluir
c) conceituar
d) citar dados
e) justificar

01. [C]

02. [A] 

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