Tritongo

A Fonética é um dos ramos da Linguística, sendo responsável por estudar os sons da fala. Uma das questões abordadas no estudo da gramática padrão da língua portuguesa é o encontro vocálico.

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Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias, e podem ser classificadas em três tipos: o ditongo, o tritongo e o hiato. Neste artigo, trabalharemos o tritongo.

Classificação dos fonemas

Antes de abordarmos o encontro vocálico denominado tritongo, vamos relembrar quais são os fonemas da língua portuguesa. Eles classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.

“Na língua portuguesa, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação da sílaba. As consoantes e as semivogais são fonemas dependentes: só podem formar sílaba com o auxílio das vogais.” (CEGALLA, 2008, p. 24)

Vogais

De acordo com o gramático Domingos Paschoal Cegalla, as vogais são fonemas sonoros, ou sons laríngeos, que, ao passar pela boca entreaberta, chegam livremente ao exterior, sem produzir ruído.
São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u.

Semivogais

Segundo Cegalla, as semivogais são os fonemas /i/ e /u/ átonos que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba.
Exemplos: vai, andei, ouro, água.

Consoantes

Ainda de acordo com o gramático Cegalla, as consoantes são ruídos originários da resistência que os órgãos bucais opõem à corrente de ar.
Exemplos: bola, copo, depósito.

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O tritongo

Denomina-se tritongo o conjunto semivogal + vogal + semivogal, constituindo uma só sílaba. Pode ser oral ou nasal.

Tritongo oral

Iguais, averiguei, averiguou, delinquiu, sequoia, Uruguai, Paraguai

Tritongo nasal

Quão, saguão, saguões, mínguam (mínguão), deságuam

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Observações:

1) Nos tritongos nasais uam, uem, não há o registro gráfico da segunda semivogal.
2) Em palavras como uruguaio, Uruguaiana, sequoia etc., há o conjunto vocálico tritongo + ditongo. Observe: Uruguai-io, Uruguai-iana, sequoi-ia.

Referências