Rio Amazonas

Esse rio apresenta grande importante, pois além de possibilitar a navegação é uma fonte de sobrevivência para os povos existentes na região.

Rio Amazonas. Foto: Getty Images
Rio Amazonas. Foto: Getty Images

O Rio Amazonas é o maior rio do mundo em questão do volume de águas, e também em relação à extensão.

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“Sua vazão durante o período das cheias é de 120m³ de água por segundo e, desde a nascente até a foz, percorre quase 7 mil km.” (SILVA, 2013, p. 184)

O Rio Amazonas nasce nos Andes peruanos, onde recebe o nome de “Ucayali”. Quando entra em território brasileiro, o rio passa a se chamar Solimões, e somente após o encontro com o rio Negro, e que se forma o Rio Amazonas.

Ilustração: Reprodução
Ilustração: Reprodução

O Rio Negro possui águas escuras, já o Solimões é caracterizado pelas águas barrentas. O encontro dos dois rios forma um fenômeno muito interessante. As águas dos rios não se misturam devido à densidade diferente entre eles, sendo que, portanto, por uma extensão de mais de 6 km, as águas dos rios correm lado a lado. O Rio Amazonas possui vários afluentes, ou seja, rios menores que desaguam nele. São os mais expressivos: Huallaga, Ucayali, Pastaza e Napo, no Peru; Javari, Juruá, Purus, Madeira, Tapajós, Xingu, Içá, Japurá, Negro, Trombetas, Paru e Jari, no Brasil.

Encontro das águas do Rio Negro com Rio Solimões.
Encontro das águas do Rio Negro com Rio Solimões. Foto: Reprodução

A maior parte da região em que o rio corre, é coberta por vastas florestas, formadas por matas de várzea e também terra firme. Ao longo de seu trajeto no território brasileiro, o rio escoa pela Planície Amazônica, sem que sejam percebidas quedas ou corredeiras significativas. Apenas nas proximidades de sua foz, na fronteira com o Peru, é que o rio vence um desnível considerado pequeno, e justamente por suas características planas é um rio navegável.

1. Bacia Amazônica

A região hidrográfica Amazônica é considerada a maior do mundo, sendo que os rios drenam 70% da vazão média das águas do Brasil.

A Bacia Amazônica “com 7 milhões de km², abrange a Região Norte do Brasil […] e também terras dos seguintes países: Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Bolívia.” (SILVA, 2013, p. 184)

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A Bacia Amazônica está localizada em região de regime equatorial, sendo, portanto, abastecida com as chuvas advindas do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul. O Rio Amazonas, especificamente, é também abastecido pelas águas provenientes do degelo das neves na região dos Andes.

O Rio Amazonas possibilita a navegação de grandes embarcações até as proximidades de Manaus, no local onde o Rio Negro se encontra com o Solimões. Além disso, nos afluentes do rio também a navegação é uma atividade comum, principal meio de locomoção naquela região.

As águas do rio são fonte de sobrevivência para os ribeirinhos, bem como para povos indígenas da região, uma vez que possibilitam a pesca de espécies variadas. A biodiversidade da região da Bacia Amazônica é riquíssima, contendo um número expressivo de espécies animais e vegetais. Além disso, as águas da Bacia Amazônica são importantes no contexto da produção de energia, pois aqueles rios possuem um alto potencial para geração de energia elétrica.

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“Isso ocorre porque muitos de seus rios, além de possuírem elevado volume de água, correm por uma vasta região de relevo acidentado.” (LUCCI, 2010, p. 212)

A instalação de usinas na região gera diversas polêmicas, especialmente em relação à questão ambiental, e os possíveis impactos sociais na construção das represas. Dentre os impactos ambientais da construção das usinas está a destruição de corredeiras, bem como os consequentes deslocamentos populacionais.

Referências

LUCCI, Elian Alabi (Org.). Território e sociedade no mundo globalizado: Geografia. Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2010.
LUCCI, Elian Alabi (Org.). Geografia: homem e espaço. 7º ano. 22ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
SILVA, Angela Corrêa da (Org.). Geografia: contextos e redes. São Paulo: Moderna, 2013.
TAMDJIAN, James Onnig (Org.). Geografia: estudos para a compreensão do espaço – o espaço geográfico do Brasil. 7º ano. São Paulo: FTD, 2012.

Luana Caroline
Por Luana Caroline

Mestre em Geografia (UNIOESTE); Licenciada em Geografia (UNIOESTE), Especialista em Neuropedagogia (ALFA-UMUARAMA) e Educação Profissional e Tecnológica (FACULDADE SÃO BRAZ).

Como referenciar este conteúdo

Künast Polon, Luana Caroline. Rio Amazonas. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/rio-amazonas. Acesso em: 25 de April de 2024.

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1. [IFG/2010] A Bacia Amazônica localiza-se no norte do país, nasce na cordilheira dos Andes, entra no Brasil com o nome de rio Solimões e passa a se chamar rio Amazonas quando recebe as águas do rio… Assinale a opção que completa esta afirmação.

a) Purus
b) Madeira
c) Tapajós
d) Xingu
e) Negro

2. [UNICAMP/2011] As discussões sobre a instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte iniciaram-se no começo da década de 1970, definindo os primeiros diagnósticos sobre o inventário hidrelétrico da bacia hidrográfica na qual a usina será instalada. Em fevereiro de 2010, foi concedida a licença ambiental para a construção da usina, considerada a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira.

a) Em qual bacia hidrográfica será construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e em qual unidade federativa será localizada?
b) Aponte um impacto ambiental e um impacto socioeconômico decorrentes da instalação e do funcionamento de uma usina hidrelétrica de grande porte no bioma em que será instalada a usina de Belo Monte.

1. [E]

O Rio Solimões se junta às águas do Rio Negro, formando, portanto, o Rio Amazonas.

2.

a) A Usina Hidrelétrica de Belo Monte será construída na macro bacia hidrográfica do rio Amazonas, mais especificamente localizada na sub bacia hidrográfica do rio Xingu, localizado no estado do Pará.

b) A usina será instalada no interior da bacia amazônica caracterizada por ser uma área de baixa declividade recoberta por densa floresta equatorial com uma biodiversidade extremamente rica. A instalação de uma hidrelétrica em áreas com tais características provocará a inundação de extensos setores da floresta amazônica provocando sua destruição, além é claro de alterar radicalmente a dinâmica da vida dos ribeirinhos locais. Reservas indígenas do Xingu terão o ciclo de seu rio alterado o que acabará afetando a sua capacidade pesqueira e, por conseguinte, de subsistência; outras tantas tribos e comunidades terão que se realocar e se adaptar às mudanças trazidas pelas áreas de alagamento.

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