Furacões

Os furacões podem chegar a alcançar uma velocidade de 200 km/h, causando catástrofes quando passam por cidades.

De origem maia, a palavra furacão deriva de Huracan, um deus responsável pelas tempestades, segundo a mitologia deste povo. A palavra é usada para referir-se à fenômenos climáticos que tem como característica a formação de um sistema de baixa pressão. São formados normalmente em regiões tropicais do planeta, e são responsáveis pelo transporte do calor da região equatorial para localidades mais altas.

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Classificação dos furacões

Os furacões podem ser classificados em uma escala de 1 a 5, denominada Saffir-Simpson, encaixando-se em perfis diferentes de acordo com a força e a velocidade que o vento atinge. Quando atinge a escala 1, o vento apresenta baixa velocidade, enquanto o de escala 5 apresenta alta velocidade, podendo chegar a alcançar 200 km/h. Os furacões, principalmente em escala 5, podem destruir cidades inteiras, caracterizando-se, portanto, como uma catástrofe natural. Em decorrência disso, existem estações meteorológicas que fazem um constante monitoramento desse tipo de fenômeno climático para que seja possível avisar a população em casos que possam vir a ser catastróficos, para que dê tempo de todos se protegerem.

Como se formam os furacões?

Imagem: Reprodução

A origem desse fenômeno é, basicamente, a mesma da chuva, mas esse pode durar até uma semana, causando grandes destruições por onde passam. O furacão, diferentemente do tufão, é formado no Atlântico Norte, no Pacífico Nordeste, ou ainda no Pacífico Sul, podendo, portanto, afetar as Américas, principalmente a América do Norte.

Quando falamos na formação das chuvas, temos que ter em mente que elas se formam primeiro pela vaporização das águas, seguida de sua condensação, que acaba por cair novamente em forma de água. Os furacões se formam quando esse fenômeno ocorre nas águas quentes do oceano, que apresentam temperaturas superiores aos 27°C.

Esse aquecimento é mais comum em regiões tropicais, ou seja, entre os Trópicos de Capricórnio e de Câncer e, por isso, é classificado como um ciclone tropical. A água, nessa região, transforma-se em vapor e sobe já aquecida para as nuvens, o que faz com que a pressão na região atmosférica, perto da superfície do mar, seja menor. O ar frio, portanto, com pressão maior, acaba invadindo o espaço que foi desocupado pelo vapor que subiu. Como consequência, esse ar acaba se aquecendo também, e subindo em movimentos circulares. Quando, nesse movimento, alcança a alta atmosfera e esfria, transformando-se em nuvem, forma um sistema de nuvens e ar em movimento. O calor proveniente dos oceanos e da água que evapora, faz com que a velocidade dos ventos aumente cada vez mais, o que forma uma grande corrente de ar que passa a se deslocar em movimentos circulares, o que é responsável pelo formato de cone que o furacão apresenta.

A velocidade na parte baixa do cone, chamada de olho do furacão, é baixa, atingindo em média 30km/h em decorrência do do movimento circular dos ventos, que faz com que a velocidade fique somente nas paredes do tornado.

No Brasil, não é comum a formação de furacões, pois a região do Atlântico Sul não é propícia para esse processo. Houve, entretanto, em março de 2004, a formação de um furacão que apresentou ventos de até 170 km/h e atingiu áreas litorâneas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, sendo um dos mais violentos já registrados no país.

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Referências

Geografia – Espaço e vivência – Levon Boligian, Andressa Alves

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Furacões. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/furacoes. Acesso em: 19 de March de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [UPE] Leia a frase a seguir:

Mesmo um pequeno aumento na temperatura da superfície oceânica pode transformar mais perturbações tropicais em furacões, além de tornar uma tempestade já em andamento mais intensa e aumentar sua precipitação.

Sobre essa frase, analise as afirmativas a seguir:

I. Ela está incorretamente formulada, pois os furacões independem da temperatura da superfície marinha.

II. Ela está incorreta, pois uma perturbação tropical não pode evoluir para um furacão, exceto no hemisfério meridional.

III. Ela está correta, pois os ciclones ou furacões tropicais são fortemente influenciados pelas temperaturas da superfície oceânica.

IV. Ela está correta, porque o fato nela descrito aplica-se, plenamente, à faixa tropical atlântica do Hemisfério Norte.

V. Se realmente ocorrer o aquecimento global, poderá acontecer um agravamento da intensidade dos ciclones tropicais, logo a frase está correta.

 

Está CORRETO apenas o que se afirma em

a) I e II.

b) III e V.

c) III, IV e V.

d) II.

e) III.

 

02. [UFPE] “Diante da aproximação do tufão Francisco, a prefeitura japonesa de Okinawa, localizada no sul do país, e nas ilhas adjacentes do arquipélago de Amami, emitiu um aviso de tempestade. De acordo com a Direção Nacional de Meteorologia do Japão, o fenômeno natural atingirá as costas de Okinawa na quinta-feira. A velocidade do vento no olho do tufão é agora de 40 metros por segundo, as rajadas de vento chegam a 55 metros por segundo, e a intensidade de chuvas supera 50mm/hora.”

“Ao mesmo tempo, no Pacífico, foi verificada a formação de uma tempestade ainda mais forte, denominada Lekima, com a velocidade de rajadas de até 85 metros por segundo. No momento, é difícil prever a trajetória de Lekima.” (Notícia divulgada em 23/10/2013).

Sobre esse assunto noticiado, analise as afirmações a seguir.

( ) Os furacões de grande magnitude, que ocorrem no Pacífico e no Índico, são todos de caráter extratropical, acarretando grandes prejuízos econômicos aos países.

( ) Os tufões resultam de ventos quentes que adquirem grande velocidade quando são forçados a galgar grandes elevações, como, por exemplo, as grandes montanhas japonesas e indianas.

( ) Os tufões, ao agirem sobre as massas oceânicas, como, por exemplo, o mar do Japão, provocam fortes marés de sizígia, responsáveis por tsunamis que agem na costa japonesa.

( ) A velocidade adquirida pelos ventos ciclônicos é uma função direta do gradiente de pressão atmosférica existente no sistema.

( ) Os tufões nascem sobre as águas quentes dos oceanos tropicais. São depressões barométricas que se deslocam acumulando energia e umidade.

01. [C]

02. [F-F-F-V-V]

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